O tiroteio ocorreu na escola Viertola em Vantaa, um subúrbio de Helsínquia
Numa manhã que abalou a comunidade de Vantaa, três crianças de 12 anos foram baleadas e feridas numa escola na Finlândia. O incidente ocorreu na terça-feira, na escola Viertola, que alberga cerca de 800 alunos desde o primeiro até ao nono ano e conta com uma equipa de 90 funcionários. A diretora da escola, Sari Laasila, assegurou que “o perigo imediato está ultrapassado”, mas optou por não tecer mais comentários sobre o acontecimento.
As vítimas foram prontamente transportadas para o hospital, conforme informou um porta-voz da polícia à Reuters. O suspeito, que curiosamente tem também 12 anos de idade, foi detido pelas autoridades. A ministra do Interior, Mari Rantanen, expressou a sua consternação: “O dia começou de forma horrível. Houve um incidente com tiros na escola Viertola em Vantaa. Só posso imaginar a dor e preocupação que muitas famílias estão a sentir neste momento. O suspeito foi capturado.”
Este trágico evento trouxe novamente à tona o debate sobre a política de armas na Finlândia. O país já foi palco de tiroteios em instituições educacionais anteriormente, como o massacre na escola secundária de Jokela em 2007 e o tiroteio numa escola profissionalizante em Kauhajoki em 2008. Estes incidentes levaram a uma reformulação da legislação sobre armas em 2010, incluindo a introdução de um teste de aptidão para todos os candidatos à licença de armas e o aumento da idade mínima para obtenção da mesma para 20 anos.
Na Finlândia, um país com uma população de cerca de 5,6 milhões de pessoas, existem mais de 1,5 milhões de armas de fogo licenciadas e aproximadamente 430.000 detentores de licença. A caça e o tiro ao alvo são atividades populares no país, mas os recentes acontecimentos poderão levar a uma reflexão mais profunda sobre o acesso a armas por menores e a segurança nas escolas.