O caso faz parte de uma grande investigação sobre branqueamento de capitais
Um tribunal de Singapura condenou um arguido chamado Su Haijin a 14 meses de prisão por resistência à detenção e branqueamento de capitais. A sentença foi proferida na quinta-feira, segundo o jornal The Straits Times, no âmbito da maior investigação de sempre sobre branqueamento de dinheiro no país, que resultou na apreensão ou congelamento de 2 mil milhões de euros em activos.
Su Haijin, cidadão cipriota, foi um dos dez estrangeiros detidos em Singapura em agosto do ano passado, durante operações simultâneas. Os bens apreendidos ou congelados incluem automóveis, propriedades de luxo, dinheiro e jóias. O arguido enfrentava 14 acusações, das quais se destacam a posse de cerca de 2,4 milhões de dólares de Singapura (aproximadamente 1,78 milhões de dólares americanos) suspeitos de serem provenientes de jogos de azar ilegais à distância, duas acusações de resistência à detenção e três acusações de conspiração para usar demonstrações financeiras falsificadas.
Na altura da sua detenção, em agosto do ano passado, Su Haijin tentou fugir ao saltar da varanda de um bungalow no segundo andar, conforme relatado pela polícia. Esta condenação segue-se à de Su Wenqiang, um cidadão cambojano que foi sentenciado a 13 meses de prisão por duas acusações de branqueamento de capitais na terça-feira anterior. Os processos judiciais contra os outros arguidos ainda estão em curso.
A investigação levou as autoridades a criar um painel interministerial para rever as medidas contra o branqueamento de capitais e inspecionar instituições financeiras suspeitas de envolvimento. Agências governamentais estão também a rever incentivos fiscais para escritórios familiares e a considerar se ativos de alto valor, como carros de luxo e malas, devem estar sujeitos a regulamentação.