IOSCO Apresenta Orientações para Supervisão de Bolsas de Valores
A Organização Internacional das Comissões de Valores (IOSCO), que reúne reguladores financeiros dos Estados Unidos, Europa, Ásia e outras regiões, apresentou na quinta-feira uma proposta de orientação detalhada sobre como os reguladores devem exercer uma supervisão mais rigorosa sobre as bolsas de valores. O objetivo é mitigar riscos advindos das mudanças nas práticas empresariais dessas instituições.
Segundo a IOSCO, as bolsas têm se tornado empresas de capital aberto ao longo das últimas duas décadas, mantendo, em alguns casos, sua natureza autorregulatória. As
No contexto europeu, o Brexit contribuiu para o aumento da operação transfronteiriça das bolsas e outros tipos de locais de negociação. A IOSCO destacou que “as evoluções do mercado influenciaram a forma como as
Essas mudanças podem levar a riscos e desafios potenciais no que diz respeito às funções regulatórias e responsabilidades das bolsas, assim como questões de supervisão. Em alguns grupos de bolsas com múltiplos conselhos, os diretores ocupam vários cargos simultaneamente – prática conhecida como “dual-hatting” – para reduzir custos e complexidade. Contudo, essa prática pode prejudicar a capacidade dos membros do conselho de agir no melhor interesse de cada bolsa que servem, especialmente quando existem interesses divergentes ou concorrentes dentro do grupo da bolsa ou com os acionistas.
O relatório propõe seis “boas práticas” para que os reguladores avaliem como as bolsas estão estruturadas para garantir independência na forma como descarregam suas obrigações regulatórias. Isso assegura que os controles sejam mantidos no nível de cada bolsa individual dentro de um grupo. Os reguladores também devem garantir um monitoramento adequado das atividades dos grupos multinacionais de




