IOSCO orienta reguladores na supervisão de bolsas de valores

05-04-2024

    IOSCO Apresenta Orientações para Supervisão de Bolsas de Valores

    A Organização Internacional das Comissões de Valores (IOSCO), que reúne reguladores financeiros dos Estados Unidos, Europa, Ásia e outras regiões, apresentou na quinta-feira uma proposta de orientação detalhada sobre como os reguladores devem exercer uma supervisão mais rigorosa sobre as bolsas de valores. O objetivo é mitigar riscos advindos das mudanças nas práticas empresariais dessas instituições.

    Segundo a IOSCO, as bolsas têm se tornado empresas de capital aberto ao longo das últimas duas décadas, mantendo, em alguns casos, sua natureza autorregulatória. As bolsas de valores expandiram geograficamente e diversificaram suas atividades para serviços de tecnologia e dados, estabelecendo parcerias com empresas como Google Cloud e Microsoft. Essa expansão vai muito além do papel tradicional das bolsas, que era centrado na listagem e negociação de ações sob uma estrutura mutualizada.

    No contexto europeu, o Brexit contribuiu para o aumento da operação transfronteiriça das bolsas e outros tipos de locais de negociação. A IOSCO destacou que “as evoluções do mercado influenciaram a forma como as trocas e grupos de bolsas estão organizados, o que pode potencialmente criar novos conflitos de interesse, bem como interdependências operacionais e organizacionais.”

    Essas mudanças podem levar a riscos e desafios potenciais no que diz respeito às funções regulatórias e responsabilidades das bolsas, assim como questões de supervisão. Em alguns grupos de bolsas com múltiplos conselhos, os diretores ocupam vários cargos simultaneamente – prática conhecida como “dual-hatting” – para reduzir custos e complexidade. Contudo, essa prática pode prejudicar a capacidade dos membros do conselho de agir no melhor interesse de cada bolsa que servem, especialmente quando existem interesses divergentes ou concorrentes dentro do grupo da bolsa ou com os acionistas.

    O relatório propõe seis “boas práticas” para que os reguladores avaliem como as bolsas estão estruturadas para garantir independência na forma como descarregam suas obrigações regulatórias. Isso assegura que os controles sejam mantidos no nível de cada bolsa individual dentro de um grupo. Os reguladores também devem garantir um monitoramento adequado das atividades dos grupos multinacionais de trocas que operam em sua jurisdição.

    Trocas

    Como as Trocas devem garantir independência regulatória?

    As Trocas podem garantir independência regulatória adotando práticas de governança transparentes, estabelecendo divisões claras entre operações comerciais e funções de supervisão, e colaborando com reguladores externos.

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    As trocas devem ser mais supervisionadas pelos reguladores?

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