Preocupações Crescem em Torno do Porto e Marina de Larnaca
O futuro do investimento de 1,2 mil milhões de euros no porto e na marina de Larnaca é incerto, causando preocupações entre as partes interessadas. Segundo o jornal Phileleftheros, a falta de clareza quanto ao acordo entre o governo e a Kition Ocean Holdings, a empresa responsável pelo projeto, tem sido um ponto de discórdia.
O presidente da Câmara Municipal de Larnaca, Andreas Vyras, manifestou a sua insatisfação com a ausência de informações, sublinhando que “Até agora, não recebemos qualquer indicação de problema por parte da empresa ou do governo. No entanto, reitero que não aceitaremos mais atrasos ou alterações ao plano. Se junho passar e as obras não começarem, a cidade reagirá dinamicamente.” Vyras confirmou que as licenças de construção seriam emitidas em abril e que a empresa já havia iniciado o processo de licitação.
Por sua vez, Nakis Antoniou, presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Larnaca, partilhou das preocupações, afirmando: “Queremos ver ação. Ainda não sabemos quais acordos foram assinados porque nenhum de nós os viu. Estão sendo mantidos confidenciais, e pelo que sei, apenas o Ministério dos Transportes e o governo têm acesso aos contratos. Nem o Parlamento, nem a municipalidade, nem a Câmara de Comércio de Larnaca os viram, e a minha informação é que até a Autoridade Portuária, que tem um interesse direto neste projeto, foi mantida no escuro.”
Os deputados de Larnaca também expressaram seu descontentamento. Prodromos Alambritis, deputado do DISY e membro da Comissão de Transportes da Casa, anunciou que o assunto seria abordado no Parlamento em breve. “Há uma ansiedade há mais de um ano e meio desde que a empresa nos informou sobre potenciais atrasos em algumas fases. No entanto, essa ansiedade atingiu agora um pico, e estamos solicitando uma atualização oficial do Ministro dos Transportes, da municipalidade em relação à emissão das licenças, e da própria empresa”, disse ele.
Os parlamentares enfatizaram a necessidade de transparência. Andreas Pashourtides, do AKEL, destacou a obrigação do estado em manter os interessados informados. “Desde o início, solicitamos oficialmente o contrato como partido. Fizemos isso antes da assinatura, e eles citaram uma cláusula de confidencialidade. Mesmo após a assinatura, não nos foi fornecido”, explicou.
Andreas Apostolou, do EDEK, defendeu uma abordagem composta, sugerindo que o projeto não deve ser politizado na preparação para as eleições. “Falei com o presidente da câmara, e ele assegurou-me que a municipalidade está tomando todas as medidas necessárias para evitar mais atrasos. Recomendei uma reunião abrangente com todos os interessados relevantes e a empresa para fornecer uma atualização compreensiva sobre o estado do projeto”, concluiu.