Corpo como Arte: O Artista Performativo que Desafia Convenções
Numa era onde a arte performativa se entrelaça com o quotidiano, um artista local destaca-se pela sua capacidade de transformar o corpo em material primário de criação. Conhecido no mundo artístico como PASHIAS, este artista performativo não se limita a um nome; ele é uma marca, uma presença que desafia as normas com um visual cuidadosamente curado.
Em conversa com Theo Panayides, PASHIAS partilha a sua jornada desde os tempos de estudante em Londres até às suas atuações provocadoras nas ruas de Nicósia. A sua performance intitulada ‘Ω3’, uma intervenção pública que coincidiu com o Dia do Orgulho, é um exemplo da sua obra que convida à reflexão sobre diversidade e aceitação social, sem impor uma única interpretação.
O artista confia nos seus instintos, uma abordagem que tem sido a sua bússola desde a infância. Crescido numa família artística, PASHIAS foi encorajado a explorar o caos criativo que sempre o caracterizou. A sua arte efémera, realizada uma única vez, é um convite à experiência direta e ao questionamento das normas sociais.
Seja transformando-se numa caryatide ou numa palmeira humana, PASHIAS utiliza o corpo como tela para expressar conceitos que muitas vezes parecem absurdos no papel, mas que ganham vida e significado no contexto certo. A sua performance ‘Temple-boy’, por exemplo, alterou a dinâmica habitual de uma abertura de exposição ao interagir diretamente com o público de uma forma inesperada e íntima.
Apesar dos desafios burocráticos inerentes à criação artística, PASHIAS mantém-se fiel à sua visão, seguindo um caminho menos convencional em Chipre, onde o conforto muitas vezes supera a aventura artística. O seu trabalho é um lembrete poderoso de que a arte pode ser tão espiritual e presente quanto qualquer ritual tradicional.
Com uma energia humana bruta e uma confiança inabalável na sua voz interior, PASHIAS continua a explorar as fronteiras da expressão artística. Ele é um testemunho vivo de que o corpo pode ser mais do que carne e osso; pode ser um veículo para a arte, um símbolo de resistência e um espelho da sociedade.