Defensor dos doentes contra ataques verbais e desinformação

Agressões verbais a médicos em foco na reunião do comité de saúde

Os prestadores de serviços do Gesy têm sido alvos de ataques verbais por parte de doentes desinformados, revelou Efthimios Diplaros, presidente do comité de saúde da Câmara, durante uma reunião na quinta-feira. Diplaros destacou que muitos pacientes não estão suficientemente informados sobre os seus direitos e obrigações, o que tem levado a incidentes lamentáveis.

Segundo Diplaros, os prestadores de serviços Gesy frequentemente culpam a organização de seguro de saúde (HIO) ou alegam que o Gesy os impede de satisfazer pedidos dos pacientes que consideram injustificados. Esta situação tem contribuído para o aumento das listas de espera e para casos em que os pacientes pretendem consultar dois médicos num intervalo de uma hora, excedendo os seus direitos.

O presidente do comité referiu que tanto a associação de amigos dos pacientes (Osak) quanto os médicos têm registado casos de abuso contra os profissionais de saúde, incluindo agressões verbais e ameaças. Diplaros frisou que “algumas pessoas estão forçando os médicos a realizar os exames que desejam”, uma prática que considera intolerável.

Para resolver estes problemas, Diplaros sugeriu a criação de um defensor dos doentes, uma medida que, segundo ele, resolveria vários problemas. Informou ainda que o Ministro da Saúde, Michael Damianos, lhe comunicou que o projeto de lei para criar esta figura está numa fase avançada. Além disso, mencionou que existem grupos especializados a examinar queixas dos pacientes nos hospitais contratados e que os serviços de saúde estatais (Okypy) estão prestes a lançar “escritórios de serviço ao paciente” em todos os hospitais públicos.

Diplaros expressou o desejo de que a Okypy apresente cronogramas para a implementação destas medidas. Revelou também que o seu comité já disponibilizou mais de um milhão de euros para a HIO realizar uma campanha de informação sobre os direitos dos pacientes, sublinhando a necessidade urgente de informar os pacientes e promover a adoção da cultura correta no que diz respeito ao sistema de saúde.