Abordagem à Segurança Escolar e ao Abuso Sexual em Discussão no Parlamento
Numa reunião recente da comissão de educação da Câmara, o deputado Alekos Tryfonidis trouxe à tona um caso perturbador: um aluno do ensino secundário, vítima de abuso sexual por parte de colegas, continua na mesma escola que os agressores um mês e meio após o incidente. Tryfonidis destacou a incapacidade do aluno de retomar uma vida normal devido à lentidão dos procedimentos existentes.
A reunião focou-se na necessidade urgente de criar uma estrutura que permita a transferência de escola de crianças que exibam comportamentos extremos, para posteriormente serem reintegradas quando apropriado. A comissão emitiu um ultimato ao ministério da educação para que tal estrutura seja implementada até junho.
A Ministra da Educação, Athena Michaelidou, informou que estão sendo preparados planos para um “programa alternativo” para crianças que precisam ser removidas das escolas. Este programa permitirá que o aluno saia da escola, assista às aulas em outro local e receba apoio especializado antes de retornar ao ambiente escolar.
Adicionalmente, Michaelidou revelou que o governo criará um arquivo eletrónico para cada estudante, que os acompanhará desde os quatro anos de idade até a conclusão do ensino secundário. Este arquivo facilitará o acesso a informações integradas dos serviços sociais e psiquiátricos, permitindo uma intervenção direta e atempada em casos de violência e delinquência.
A ministra enfatizou que a prevenção e a intervenção precoce em questões de violência são uma prioridade, sublinhando que a segurança nas escolas é fundamental. A violência e a delinquência, especialmente os incidentes graves, não podem ser tolerados.
Em antecipação a futuros anúncios, foi mencionada a criação de uma plataforma em linha que permitirá a crianças e pais reportarem casos de bullying. A ministra indicou que existe uma colaboração com a Grécia, onde uma plataforma equivalente foi lançada recentemente. Nesta plataforma grega, pais de crianças do ensino primário podem denunciar casos de bullying, enquanto alunos do ensino básico e secundário podem reportar diretamente as ocorrências.