A Nova Legislação Europeia sobre Migração e Asilo
Após mais de uma década de debates e preparativos, o Parlamento Europeu aprovou nova legislação sobre migração e asilo. Este marco legislativo, segundo a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, responde diretamente às preocupações dos cidadãos da União Europeia, que colocaram a migração no topo das questões mais prementes nas eleições europeias de 2019.
Com a nova legislação, o sistema de Asilo e Migração da UE será mais eficiente e resistente às pressões migratórias. O pacto reforça as fronteiras externas, contribuindo para a integridade da área Schengen, onde se espera que as mesmas regras sejam aplicadas em todas as fronteiras externas.
O acordo sobre a base de dados Eurodac e a Regulação sobre Gestão de Asilo e Migração são passos significativos para resolver questões de movimentos secundários e solidariedade efetiva entre os Estados-Membros. A legislação também contempla a dimensão externa e a necessidade de trabalhar com países terceiros chave.
Além disso, o pacto de Asilo e Migração abrange situações de crise, força maior e outras circunstâncias imprevistas, garantindo que nenhum Estado-Membro se sinta abandonado ao lidar com a pressão migratória. Isso inclui a resposta a ameaças híbridas e à ‘instrumentalização de migrantes’, como observado recentemente nas fronteiras com Belarus e Rússia.
Embora não resolva todos os problemas de imediato, este pacote representa um avanço significativo, simplificando procedimentos e reduzindo processos de aplicação longos. A coordenação entre os intervenientes no terreno será melhorada, assegurando que aqueles que necessitam urgentemente de proteção a recebam rapidamente.
Ainda há trabalho pela frente, especialmente no que diz respeito às políticas de retorno. É necessário melhorar o processo para que aqueles que podem ser retornados com segurança o sejam sem demora. O compromisso é dedicar recursos àqueles que mais precisam, mantendo-se fiel aos valores europeus de direitos humanos fundamentais.
Por fim, é essencial garantir que o acordado seja implementado integralmente em todos os Estados-Membros, acompanhando o respeito pela nossa humanidade partilhada. Esse é o caminho europeu.