Os Lucros da Pfizer e a Controvérsia Fiscal
A gigante farmacêutica Pfizer, conhecida por seus avanços na área da saúde e por seu papel crucial durante a pandemia, tem sido alvo de críticas devido ao aumento dos preços dos medicamentos. Apesar de ter reportado mais de 27 mil milhões de dólares em receitas provenientes das vendas nos Estados Unidos em 2023, a Pfizer conseguiu uma proeza fiscal que está a gerar debate: não deverá nada em impostos federais sobre o rendimento este ano.
A situação da Pfizer não é um caso isolado, mas sim parte de uma tendência mais ampla entre as corporações altamente lucrativas dos Estados Unidos. Mais de 100 das empresas mais rentáveis do país conseguiram evitar o pagamento de impostos federais sobre o rendimento em pelo menos um ano desde a implementação dos cortes fiscais promovidos pela administração Trump em 2017.
O sucesso da Pfizer em evitar impostos deve-se em grande parte às lacunas fiscais existentes e à lei tributária de 2017, assinada pelo então presidente Donald Trump. Essa legislação permitiu que muitas empresas explorassem brechas legais para reduzir significativamente suas obrigações fiscais. Enquanto isso, muitos cidadãos americanos comuns continuam a pagar uma percentagem maior de seus rendimentos em impostos do que algumas das maiores corporações do país.
A discussão em torno da equidade fiscal tem ganhado força, com muitos questionando se as empresas deveriam contribuir mais proporcionalmente aos seus lucros substanciais. A situação da Pfizer reacende o debate sobre a reforma tributária e a necessidade de fechar as lacunas que permitem tais práticas fiscais.
Enquanto isso, a Pfizer continua a ser um dos gigantes mais rentáveis do setor farmacêutico mundial, mesmo com o crescente escrutínio público e político sobre suas estratégias fiscais e preços praticados.