Abusos Sexuais em Ascensão nas Escolas Cipriotas
Os abusos sexuais nas escolas cipriotas têm vindo a aumentar, tendo sido registados três casos recentes. O jornal Phileleftheros revelou que os incidentes envolveram alunos e, num dos casos, um dos incidentes envolveu uma professora que foi forçada a demitir-se devido a maus tratos por parte dos alunos.
Estes casos trouxeram à tona lacunas na gestão e na legislação inaplicável que data de 2021. No incidente chocante discutido numa sessão fechada do Comité de Educação, um aluno foi abusado sexualmente por três colegas. Foi informado que houve um atraso significativo na resposta, com a Equipa de Resposta Imediata a demorar mais de uma semana a intervir e ainda mais tempo para o envolvimento da polícia. Após mais de um mês, em que agressores e vítima continuaram a frequentar a mesma escola, um dos agressores foi finalmente expulso permanentemente, enquanto os outros dois permanecem na escola após objeções das suas famílias.
Num outro caso, relatou-se que alunas estavam a ser chantageadas com material fotográfico indecente. Por outro lado, uma professora enfrentou um incidente extremo por parte de menores e foi forçada a demitir-se após ser abusada sexualmente por um grande grupo de alunos numa sala de aula.
A polícia confirmou que está a investigar casos de abuso sexual de menores, incluindo os que ocorrem em escolas. Esclareceram que, em caso de delito sexual com um menor como vítima, é tratado como abuso sexual e não como assédio ou exploração, mesmo que os perpetradores sejam também menores.
Loizos Konstantiou, presidente da Associação de Pais para a Educação Secundária, expressou a ansiedade dos pais sobre estas questões. Ressaltou que a legislação existe desde 2021 para estruturas diurnas e que os Ministérios da Justiça e da Educação têm uma responsabilidade muito grande.
A Ministra da Educação, Athina Michaelidou, destacou que agiram imediatamente após o relato do incidente. “Enviamos um psicólogo educacional à escola. A polícia já está lá e está a investigar. Esta investigação leva tempo. Não nos falta legislação ou disposições na legislação. A legislação precisa ser ativada, e todos nós precisamos assumir responsabilidade.”
O deputado do AKEL, Christos Christofides, solicitou informações sobre os protocolos existentes nas escolas para prevenção e tratamento de comportamentos desviantes, bem como sobre o pessoal e termos de referência de serviços como Psicologia Educacional e a Equipa de Resposta Imediata, questionando se os níveis de pessoal são suficientes para lidar eficazmente com tais casos.
