Controvérsia em Torno de Rusga Policial em Chipre
Um relato contundente de K.S., residente do apartamento e testemunha ocular da rusga policial em Limassol, contradiz a narrativa oficial sobre os eventos que levaram à morte trágica de Anisur Rahman, um jovem trabalhador de Bangladesh. Segundo K.S., na manhã de quarta-feira, cerca de 15 indivíduos sem uniformes arrombaram a porta e agrediram os residentes, sem apresentar mandado de busca.
Lefteris Kyriakou, chefe do Departamento de Investigação Criminal de Limassol, havia declarado que os oficiais “visitaram o apartamento, bateram à porta e entraram na residência”. Contudo, Kyriakou admitiu à CNA que não possuíam um mandado, comparando a ação a visitas de registro populacional.
Em contraste, K.S., agora detido no Centro de Detenção de Menogeia, compartilhou com philenews e in-cyprus que os agentes “nos prenderam e agora estou em Menogeia aguardando deportação o mais rápido possível, nos fizeram assinar pedidos de retorno voluntário”. Ele descreve Menogeia como uma prisão e expressa seu desejo urgente de deixar Chipre, solicitando proteção e temendo represálias por revelar a verdade sobre a imigração civil.
No início da quarta-feira, a polícia invadiu um apartamento no quinto andar de um edifício em Limassol, agindo com base em informações sobre migrantes indocumentados. Na tentativa de fuga, dois homens estrangeiros saltaram pela janela.
Fontes indicam que os indivíduos detidos estão sendo mantidos em Limassol e o homem ferido permanece no hospital sob vigilância policial. A organização KISA informa que ele também está sob custódia, sem atualizações disponíveis sobre seu estado de saúde.
O partido AKEL exigiu esclarecimentos do Ministro da Justiça e do Chefe da Polícia sobre várias questões-chave, incluindo a aderência aos protocolos legais durante a busca policial e o uso de força. Maria Stylianou Lottides, Comissária para Administração e Proteção dos Direitos Humanos, iniciou uma investigação independente para esclarecer os eventos que levaram à morte do jovem.