Suspensão dos Pedidos de Asilo por Chipre
Num movimento sem precedentes, o Presidente de Chipre, Nikos Christodoulides, anunciou a suspensão do processamento de pedidos de asilo para requerentes de origem síria. Esta decisão, divulgada através de uma publicação na plataforma social Twitter, surge na sequência da chegada em massa de
Christodoulides referiu que a medida leva em consideração os desenvolvimentos pendentes sobre a reavaliação do estatuto dos sírios. No mesmo dia do anúncio, 141
Contudo, nem todas as viagens rumo a Chipre terminaram de forma segura. Desde o início do ano, corpos sem vida foram encontrados nas costas da ilha. Alguns dos corpos não puderam ser identificados, mas vestígios nas roupas indicam possível origem síria.
O Ministro do Interior, Constantinos Ioannou, já havia expressado preocupação em dezembro passado, estimando que até cinco por cento da população cipriota poderia ser composta por requerentes de asilo. Em resposta, Christodoulides tem procurado apoio internacional para controlar o fluxo migratório.
Recentemente, o presidente cipriota encontrou-se com Ursula von der Leyen e Kyriakos Mitsotakis em Atenas, e com o Primeiro-Ministro libanês Najib Mikati, reforçando o compromisso mútuo no combate às redes de tráfico humano. Além disso, convocou o Conselho Nacional de Segurança e viajou a Viena para solicitar “apoio substancial” da União Europeia.
Uma das principais políticas cipriotas é o plano de declarar partes da Síria como seguras. Ioannou realizou uma turnê europeia para angariar apoio para essa iniciativa, recebendo acenos positivos da Dinamarca e da República Checa. A Grécia também se juntará ao grupo de Estados-membros da UE que focará na questão.
Apesar do apoio da Áustria ao plano cipriota, a unanimidade entre os Estados-membros da UE não foi alcançada. Em março, o ministério do interior cipriota indicou apoio da Suécia ao plano, mas tal afirmação foi posteriormente refutada pelo governo sueco como um “mal-entendido”.
A complexidade da situação dos migrantes sírios em Chipre continua a desafiar as autoridades locais e a comunidade internacional, enquanto se busca um equilíbrio entre a segurança e a humanidade na gestão dos pedidos de asilo.