As tensões aumentam no Médio Oriente
Numa recente comunicação, O Presidente Joe Biden avisou o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu que os EUA
John Kirby, porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, afirmou que os Estados Unidos continuarão a apoiar Israel na sua defesa, mas que não desejam um conflito armado. A declaração surge após o Irão ter lançado um ataque em resposta a um suposto ataque israelita ao seu consulado na Síria, que resultou na morte de comandantes da Guarda Revolucionária.
O ataque iraniano, que envolveu mais de 300 mísseis e drones, causou danos moderados em Israel, com a maioria dos projéteis sendo interceptados com a ajuda dos EUA, Reino Unido e Jordânia. Um ataque atingiu uma base aérea no sul de Israel, que continuou operacional, e uma criança de sete anos ficou gravemente ferida por estilhaços.
Do lado israelita, dois ministros seniores indicaram que uma retaliação imediata não está nos planos e que Israel buscará formar uma coalizão regional. O ministro centrista Benny Gantz destacou a importância de agir no momento e maneira corretos para Israel, enquanto o Ministro da Defesa Yoav Gallant mencionou a oportunidade de formar uma aliança estratégica contra a ameaça iraniana.
Em resposta, o chefe do estado-maior do exército iraniano, Major General Mohammad Bagheri, advertiu que qualquer retaliação israelita levaria a uma resposta muito maior por parte do Irão. O Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Amir Abdollahian, afirmou que o ataque ao território israelita foi “limitado” e autodefensivo.
A nível internacional, potências globais como Rússia, China, França e Alemanha, bem como estados árabes como Egito, Qatar e Emirados Árabes Unidos, apelaram à contenção para evitar uma escalada maior. O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se para discutir a situação.
Analistas estão divididos sobre as intenções do Irão com este ataque: alguns veem como uma tentativa de causar devastação genuína em Israel; outros acreditam ser uma medida para salvar a face internamente sem desencadear uma nova guerra. Enquanto isso, o conflito em Gaza continua a se espalhar para frentes com grupos aliados ao Irão no Líbano, Síria, Iêmen e Iraque.
A tensão na região é palpável e as consequências econômicas já são sentidas com suspensões de voos e quedas nos mercados acionários. A comunidade internacional observa atentamente os próximos passos de Israel e Irão, esperando que a diplomacia prevaleça sobre novos confrontos militares.