Impasse na Renovação do Porto e Marina de Larnaca Discutido em Reunião
Uma reunião crucial está agendada para segunda-feira na Presidência da República para abordar o impasse relativo ao futuro da remodelação da marina e do porto de Larnaca. O encontro, sob a égide do Presidente Nikos Christodoulides, contará com a presença de representantes da Kition Ocean Holdings, empresa responsável pela gestão, do Diretor do Ministério dos Transportes, Antonis Koutsoullis, e do Presidente da Câmara de Larnaca, Andreas Vyras.
O Ministro dos Transportes, Alexis Vafeades, já manifestou preocupação com os atrasos no início das obras, enquanto o presidente da câmara afirmou que mudanças no projeto e novos atrasos são inaceitáveis. Christodoulides respondeu às ações judiciais movidas pela empresa contra o Estado, declarando que o Estado não será chantageado e que concorda com as declarações públicas do presidente da câmara e dos deputados de Larnaca sobre as obras. Ele também expressou disposição para discutir abordagens possíveis e encontrar soluções dentro do quadro acordado para a construção.
Na terça-feira, a Kition Ocean Holdings anunciou que entrou com uma ação judicial contra o governo por causar atrasos e violar o contrato. Segundo o CEO Oliver Corlette, o governo mostrou-se indisposto a encontrar-se com a empresa para discutir uma divergência numa garantia financeira. A garantia, uma de três no valor de €10 milhões, deveria ser recalculada segundo a empresa, algo que o governo recusou, levando ao atraso nas obras.
“Encontramo-nos com eles [o governo] várias vezes para tentar abrir esta discussão, mas recusaram-se a discutir o cálculo mesmo quando isso poderia ter sido resolvido muito rapidamente. Na semana passada, recorremos aos tribunais de Chipre pedindo uma ordem para que o governo siga o acordo. Respeitamos os procedimentos judiciais, por isso não vamos comentar mais sobre este assunto”, disse Corlette. Ele acrescentou que a Kition Ocean Holdings também foi “ameaçada” pelo governo, que teria tentado “intimidar” a empresa ao dizer que terminaria o contrato.
Vafeades refutou as alegações e reiterou que a empresa está violando um termo essencial do contrato devido à não renovação de uma carta de garantia de €10 milhões.