Universidade do Mediterrâneo Oriental enfrenta desafio de dívida fiscal
A Universidade do Mediterrâneo Oriental (EMU), localizada em Famagusta, encontra-se sob o peso de uma significativa dívida fiscal que ascende a 3.2 mil milhões de liras turcas (aproximadamente 92.8 milhões de euros), conforme revelado por Ozdemir Berova, apelidado de ‘ministro das finanças’ da região. A situação financeira da instituição foi trazida à tona durante um debate no ‘parlamento’, onde se discutia a atribuição de fundos adicionais à universidade.
Esses fundos adicionais, que foram propostos e aprovados, destinam-se a cobrir mais de 1 mil milhão de liras turcas (cerca de 29 milhões de euros) em pagamentos de indemnizações a ex-funcionários da universidade. Berova defendeu a ação do ‘governo’, afirmando que sem a responsabilidade e os sacrifícios assumidos pelo governo e pelo estado, a EMU não teria meios financeiros para proceder a qualquer pagamento.
O ‘ministro’ sublinhou os esforços do seu ‘governo’ para alcançar um ponto de estabilidade financeira para a EMU, incluindo várias rondas de negociações ao longo do verão de 2023. “Os funcionários da universidade sacrificaram os seus salários, mas se os funcionários fizeram um sacrifício, as finanças públicas fizeram 99”, disse ele.
No entanto, a oposição questiona a sustentabilidade dessas medidas. Um ‘deputado’ do partido CTP questionou “com que fonte de rendimento será paga esta dívida?”, acrescentando que as finanças da universidade estão a ser geridas “como uma loja de esquina”. Ele advertiu que, embora possa produzir resultados positivos, tal abordagem pode levar a EMU a uma nova crise em outubro.
Em resposta ao comentário sobre a gestão “de loja de esquina”, Berova classificou-o como “provocativo”. Por outro lado, Erkut Sahali, também ‘deputado’ do CTP, acusou o ‘governo’ de ser “responsável” pela precária situação financeira da EMU e considerou as tentativas atuais de resgate da universidade como “tentativas de fuga da história do colapso”.
