Recurso de Monges no Escândalo de Branqueamento de Capitais
Num desenvolvimento recente que abalou a comunidade monástica de Osiou Avakoum, três monges suspeitos de estarem envolvidos num escândalo de branqueamento de capitais recorreram ao Tribunal Distrital de Nicósia na terça-feira. O recurso apresentado visa a recuperação de €807,000 em dinheiro apreendido durante as investigações e o desbloqueio das contas bancárias congeladas dos monges.
A advogada Andriana Klaedes, que apresentou o recurso, exige também a devolução dos bens dos seus clientes. Os monges afetados argumentam que nem todos os factos foram apresentados pela polícia para justificar as ordens de congelamento de dinheiro e propriedades e que, se o tribunal tivesse conhecimento de todos os factos, não teria emitido tais ordens.
Os monges defendem que o dinheiro em questão era parte de uma doação de propriedade para o mosteiro, referente a um terreno gerido por um dos monges. Este montante seria destinado à construção de um edifício multiuso em Lythrodontas, que serviria de residência para o abade, outros monges e clero, além de albergar um centro educacional.
Estas alegações são corroboradas por uma declaração juramentada apresentada ao tribunal pelo suposto antigo proprietário do terreno. O homem também forneceu provas de que todos os impostos resultantes da venda do terreno foram pagos. Conforme a petição, a propriedade foi vendida seis anos antes da construção do mosteiro, não sendo proveniente nem das contribuições dos fiéis nem de outras fontes.
Adicionalmente, foram submetidas outras quatro declarações juramentadas sobre doações feitas ao mosteiro por indivíduos, referentes ao dinheiro em questão. Uma data para a audiência foi marcada para 26 de abril.
Entretanto, o terreno em Lythrodontas pertencente ao mosteiro já havia sido objeto de escrutínio após a descoberta de que os monges mantinham renas ilegalmente na propriedade. Este incidente acrescenta uma camada adicional de complexidade ao caso que envolve alegações de