Monges de Osiou Avakoum pedem fim das investigações eclesiásticas

Advogados dos Monges de Osiou Avakoum Solicitam o Fim das Investigações

Na passada quinta-feira, os advogados representando os monges de Osiou Avakoum apelaram ao término das investigações e procedimentos conduzidos pela arquidiocese. Alegam que os monges já foram previamente sentenciados por supostos crimes, o que deveria invalidar as ações atuais. Anastasios Vavouskos, advogado dos monges no caso eclesiástico, expressou frustração pela ausência de resposta do Santo Sínodo às cartas enviadas pela representação legal dos monges.

Segundo Vavouskos, a falta de comunicação tem deixado os advogados sem direção, e criticou a igreja por não esclarecer as acusações que os monges enfrentam, violando assim o direito eclesiástico. Ele afirmou que o processo eclesiástico contra os monges deveria ser anulado pela igreja, dado que Isaias já emitiu uma sentença pelos crimes que o Sínodo está a examinar.

No que toca aos testemunhos sobre o perdão solicitado pelos monges ao Arcebispo Georgios, sob circunstâncias questionáveis, Vavouskos foi categórico ao dizer que todas essas questões já foram respondidas e que foram o produto de pressão e coerção.

Entretanto, surgiu um perfil falso no Facebook, supostamente criado por apoiantes dos monges, apresentando um padre envolvido no processo como disposto a testemunhar contra Isaias. No entanto, o padre, que preferiu manter-se anónimo, esclareceu que o perfil era falso e que nunca fez tais afirmações.

A polémica em torno do procedimento de confissão foi discutida há um mês por Kypros Michaelides, ex-chefe da polícia e membro do comité do bispado, juntamente com o líder do partido de extrema-direita Elam, Christos Christou. Os monges sustentam que foram coagidos na confissão e afirmam que a polícia e os serviços secretos estiveram envolvidos nos procedimentos para os levar a confessar a Isaias e Georgios. Michaelides relatou que no dia da confissão houve lágrimas de todas as partes, incluindo Isaias.

“O arcebispo falou com os Arquimandritas 2-3 vezes pelo telefone, [e eles] pediram misericórdia e perdão à igreja e a Deus. O arcebispo, com afeto paternal, disse-lhes que Deus é grande e que os ajudará e perdoará”, relatou Michaelides, adicionando que muitas vezes viu o bispo em lágrimas pelo que estava a acontecer e pelo que ouvia.