Moda reforça narrativas de inclusão e responsabilidade

20-04-2024

    Reinventando a Narrativa da Moda

    A indústria da moda, conhecida por suas cativantes histórias aspiracionais, veiculadas através de desfiles, campanhas e redes sociais, está a enfrentar um novo desafio: a necessidade de contar histórias de moda que sejam mais inclusivas, relevantes e responsáveis. As narrativas da moda têm o poder de disseminar mensagens positivas sobre questões que nos afetam a todos, como demonstrado pelo desfile de Stella McCartney em Paris em 2020, onde modelos vestidos com fantasias de animais enfatizaram o compromisso da marca com práticas “amigas do planeta”.

    Apesar desses exemplos positivos, a verdade é que muitas vezes a narrativa da moda impulsiona o consumo excessivo e define expectativas irreais de beleza que excluem muitos, perpetuando padrões ocidentais sobre o que é normal e aceitável. A indústria precisa melhorar para efetuar mudanças significativas, e isso pode ser alcançado através de uma narrativa mais forte, inclusiva e responsável.

    Relatórios recentes da indústria da moda indicam que a contar histórias de moda está se tornando mais proeminente à medida que as marcas buscam demonstrar sua responsabilidade social, forjando relações mais profundas com os consumidores. Estes, por sua vez, anseiam por experiências mais significativas que lhes permitam explorar suas identidades e se conectar com os outros. O relatório “The State of Fashion 2024” do Business of Fashion vincula a importância crescente da narrativa à demanda dos consumidores por autenticidade e identificação.

    O grupo demográfico mais preocupado em alinhar suas escolhas de estilo de vida e crenças com as empresas que os vestem é a Geração Z, nascidos entre 1996 e 2010, que valorizam a busca por identidades únicas e apreciam a diversidade. A crescente proeminência da narrativa na moda também está ligada à influência global da indústria e à correspondente responsabilidade social.

    Organizações como a ONU são cada vez mais claras ao afirmar que a indústria da moda só ajudará a enfrentar os desafios globais enfatizados pela Covid se usar sua influência para mudar a mentalidade dos consumidores. O relatório de Diversidade, Igualdade e Inclusão na Moda do British Fashion Council, publicado em janeiro de 2024, destaca o “colossal poder da moda para influenciar, fornecer referência cultural e guiar tendências sociais”.

    Um exemplo dessa mudança é a campanha Move to Zero da Nike, uma iniciativa global de sustentabilidade lançada durante a pandemia em 2020. Em vez de estatísticas intermináveis e avisos apocalípticos sobre emergências climáticas, a Nike incentiva as pessoas a “renovar” equipamentos esportivos com manutenção e reparo. Produtos antigos da Nike, recriados por designers, são vendidos através de pop-ups e, quando o reaproveitamento não é possível, a Nike oferece maneiras de reciclar e doar produtos antigos.

    Embora algumas marcas estejam repensando as histórias que contam, algumas das narrativas mais poderosas e prejudiciais da moda estão profundamente enraizadas. Conceitos definidos durante os séculos XVIII e XIX ainda influenciam como a indústria da moda se envolve com idade, gênero, raça e sexo. No entanto, iniciativas como a da Nike reconhecem que a moda funciona através do alto consumo e do senso de status que possuir e usar uma marca confere.

    Mudanças efetivas serão mais prováveis se entendermos como a indústria se desenvolveu até o que é hoje. Isso exige uma narrativa mais audaciosa que critique noções de normalidade, aceitabilidade e inclusão. A marca sueca Avavav é um exemplo disso, comprometendo-se com “liberdade criativa impulsionada pelo humor, entretenimento e evolução do design”.

    A narrativa inovadora tem o poder de mudar mentes e comportamentos. Benjamin Wild, palestrante sênior em Narrativas de Moda na Manchester Metropolitan University, destaca que contar histórias de moda com inclusão e responsabilidade é essencial para um futuro sustentável e equitativo na indústria.

    Contar histórias de moda

    Como pode o Contar histórias de moda tornar-se mais inclusivo e responsável?

    O storytelling de moda pode ser mais inclusivo e responsável ao representar diversas culturas e corpos, evitar apropriações e promover práticas sustentáveis, refletindo a realidade e diversidade da sociedade.

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    Pode o Contar histórias de moda ser mais inclusivo?

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