Reflexões sobre Impostos e Despesas Públicas
Na semana passada, um cidadão norte-americano, agora totalmente aposentado após 80 anos de emprego estável, enviou à Receita Federal dos EUA (IRS) sua declaração de imposto sobre o rendimento e um cheque, encerrando as contas de mais um ano. Com a expectativa de que contribuições futuras sejam desnecessárias, graças às deduções por despesas médicas e doações caritativas, ele se mostra preparado para acertar as contas com o Tio Sam, caso tenha calculado errado.
Este contribuinte nunca se opôs ou reclamou de pagar impostos, vendo-os como um investimento na manutenção da república democrática dos Estados Unidos. Ele destaca a eficácia dos impostos durante a Grande Depressão e o New Deal, quando os recursos foram direcionados para ajudar os necessitados e para investimentos em infraestrutura, como a Autoridade do Vale do Tennessee, que transformou a região do meio-sul dos EUA.
Entretanto, ele reconhece que muitas despesas públicas são desperdiçadas e critica gastos governamentais em guerras e políticas externas questionáveis. Apesar disso, ele manteve-se fiel ao princípio da maioria e continuou contribuindo com sua parte.
O cidadão relembra quando as corporações contribuíam com cerca de 45% do imposto sobre o rendimento, uma realidade que mudou drasticamente. Hoje, segundo ele, a classe média sustenta tanto os ricos quanto os pobres, enquanto cortes fiscais beneficiaram os mais abastados e as taxas corporativas foram reduzidas.
Ele também menciona a necessidade de uma reavaliação completa da estrutura e procedimentos fiscais, eliminando brechas e simplificando o código tributário. Enquanto isso não acontece, ele prefere ter um reembolso federal suficiente para pagar seus impostos imobiliários sem reclamação, valorizando a contribuição direta para sua comunidade local.
O artigo conclui com uma reflexão sobre a visibilidade dos impostos locais em comparação com os federais e a influência do financiamento político nas decisões do Congresso. O autor sugere que mudanças significativas só ocorrerão quando as corporações forem impedidas de fazer contribuições políticas e as campanhas forem financiadas por contribuições individuais limitadas ou por impostos.
