O Alarmismo em Relação aos Medicamentos Persiste
Numa era em que a informação é mais acessível do que nunca, o alarmismo sobre a droga continua a ser um tema predileto entre
Recentemente, Pavlos Mylonas, presidente da comissão de educação da Câmara, abordou a questão das drogas nas escolas como sendo grave. O Ministro da Justiça, Marios Hartsiotis, concordou, mencionando a presença da Brigada de Narcóticos em todas as escolas e mapeando as operações dos traficantes. No entanto, as estatísticas apresentadas por Hartsiotis revelam uma realidade menos alarmante. Nos últimos três anos, cerca de 140 estudantes por ano foram encaminhados para programas de desintoxicação, o que equivale a aproximadamente um aluno por escola pública secundária.
Embora existam escolas sem nenhum caso e outras com mais de um, os números não corroboram a ideia de que existe um problema generalizado de drogas nas instituições de ensino. O uso de drogas leves é uma realidade nas escolas secundárias dos países ocidentais e faz parte do processo de amadurecimento dos jovens há décadas. Chipre não é exceção a esta tendência, apesar do impulso contínuo dos políticos para o alarmismo em relação aos medicamentos.
A prática de encaminhar jovens para programas de desintoxicação, muitas vezes como condição para evitar acusações legais, não é um indicador confiável da gravidade do problema. Apesar da crescente evidência de que o alarmismo não reduz o número de usuários de drogas leves, políticos e meios de comunicação persistem nessa abordagem.
A sociedade tem o dever de informar os jovens sobre os riscos associados ao consumo de drogas. Contudo, a eficácia dessa mensagem só será assegurada se for transmitida sem recorrer ao sensacionalismo barato e ao medo infundado. A informação precisa e responsável é a chave para um diálogo construtivo sobre o uso de substâncias e suas consequências.