Inquérito Independente Após Tragédia em Limassol
A Provedora de Justiça Maria Stylianou Lottides deu início a um inquérito independente para apurar as circunstâncias da morte de Anisur Rahman, um jovem de 24 anos de nacionalidade bengali. O caso, que veio a público na terça-feira, envolve a queda fatal de Rahman da varanda do quinto andar de um apartamento em Limassol, durante uma operação policial.
O apartamento, superlotado com um total de 11 pessoas, foi alvo de uma rusga policial que culminou no trágico incidente. A investigação liderada por Lottides focará na averiguação dos procedimentos policiais e na possibilidade de terem sido violados direitos humanos.
A ONG Kisa contestou a versão oficial das autoridades, apresentando uma queixa à autoridade independente que investiga atuações policiais. Segundo a ONG, a entrada no apartamento foi forçada, com a porta a ser arrombada e os ocupantes algemados abruptamente pelos agentes.
Enquanto a autoridade independente inicia a sua própria investigação interna, o gabinete da Provedora de Justiça prossegue com as diligências em paralelo. Lottides já solicitou todos os documentos necessários ao chefe da polícia. Os nacionais bengalis detidos relataram abusos por parte da polícia, acusações que são veementemente negadas pelas forças de segurança.
A polícia manteve-se reservada quanto ao proprietário do imóvel, uma construção classificada como perigosa, que foi alugada por um valor reportado de €2.000. Este detalhe levanta questões adicionais sobre as condições de habitabilidade e segurança do local onde Rahman encontrou o seu fim.
À medida que o inquérito independente avança, espera-se que mais luz seja lançada sobre este caso que chocou a comunidade em Limassol e colocou em escrutínio as práticas das autoridades locais.