Execuções por Terrorismo em Nassiriya
Na quinta-feira, oficiais de segurança locais informaram que o Iraque enforcou 11 militantes condenados por terrorismo. As execuções tiveram lugar na segunda-feira e todas as pessoas executadas eram de nacionalidade iraquiana, conforme relatado por um oficial de polícia da prisão e um oficial de segurança local, que preferiram não ser identificados por não estarem autorizados a falar com a mídia.
Os homens foram condenados por se juntarem ao grupo militante Estado Islâmico e participarem em ações consideradas terroristas. Este acontecimento surge num contexto onde o Iraque tem julgado centenas de suspeitos jihadistas e realizado várias execuções em massa desde que derrotou os combatentes do Estado Islâmico numa campanha militar apoiada pelos Estados Unidos entre 2014 e 2017.
A organização Amnesty International, num relatório divulgado na quarta-feira, expressou preocupação de que muitas mais pessoas possam ter sido executadas em segredo, dada a “preocupante falta de transparência” em relação às execuções no Iraque nos últimos meses. A falta de clareza e a política de não divulgação de informações sobre as execuções têm sido motivo de alarme entre organizações de direitos humanos internacionais.
O caso das execuções em Nassiriya destaca a contínua luta do Iraque contra o terrorismo e as medidas extremas que o país tem adotado para lidar com aqueles que são considerados uma ameaça à sua segurança nacional. Enquanto o governo iraquiano defende essas ações como necessárias para a manutenção da ordem e segurança, vozes críticas apontam para a necessidade de maior transparência e respeito pelos direitos humanos no processo judicial e na aplicação das penas capitais.