Os Impostos e os Contratantes do Pentágono
Ao analisar para onde fluem os impostos dos contribuintes, um item salta à vista: o Pentágono e os contratantes que dele lucram. No ano de 2023, o contribuinte médio desembolsou $2,974 para o Pentágono, dos quais apenas $705 foram destinados aos salários das tropas. Estas, frequentemente dependentes de programas assistenciais como vale-alimentação, contrastam com a fatia substancial de $1,748 que foi para os contratantes do Pentágono, ultrapassando o aluguel médio mensal americano de $1,372.
Empresas como a Lockheed Martin, principal contratante federal e fabricante de armas de longa data, e a SpaceX, gerida por Elon Musk, beneficiam-se desse suporte financeiro sem necessariamente terem o bem-estar público como prioridade. Este financiamento vem em detrimento de investimentos em saúde, educação, qualidade do ar e água, gestão de desastres, entre outros.
- Contratantes do Pentágono ($1,748) versus o Crédito Fiscal por Filho ($110).
Com um orçamento do Pentágono previsto para aumentar em $27 bilhões em 2024, chegando a cerca de $825 bilhões, aproximadamente metade será destinada a contratantes com fins lucrativos. Em contrapartida, a expansão do Crédito Fiscal por Filho durante a pandemia conseguiu reduzir a taxa de pobreza infantil pela metade, um progresso que retrocedeu quando a expansão expirou no final de 2021.
- Lockheed Martin ($249) versus energia renovável ($11).
A Lockheed Martin é conhecida pelo seu caça F-35, constantemente acima do orçamento e com problemas de prontidão, incluindo incidentes em que pegou fogo espontaneamente. Apesar de serem considerados criadores de emprego, recentemente houve cortes de postos de trabalho na empresa. Paralelamente, o investimento médio do contribuinte em programas de energia renovável é de apenas $11.
- Boeing ($87) versus a Administração Federal de Aviação ($23).
A Boeing, apesar do seu preocupante histórico de segurança em voos comerciais e incidentes graves, figura entre os cinco maiores contratantes do Pentágono. A Administração Federal de Aviação (FAA), responsável pela segurança dos voos comerciais, opera com recursos limitados e poderia beneficiar-se de um maior investimento em detrimento da subsidiação a empresas como a Boeing.