Queixa da Tuta Mail à União Europeia
A Tuta Mail, serviço alemão de email encriptado, apresentou uma queixa aos reguladores tecnológicos da União Europeia, relatando uma queda abrupta nos resultados da pesquisa Google no dia em que as novas regras tecnológicas do bloco entraram em vigor. A empresa afirma ser o segundo maior serviço de email encriptado do mundo, com mais de 10 milhões de utilizadores, e expressou preocupação com a súbita alteração nos
Segundo a Tuta Mail, desde o início de março de 2024, o Google deixou de exibir o seu website para milhares de palavras-chave, restringindo significativamente o tráfego de busca para o seu site. A situação resultou numa limitação do tráfego de pesquisa ao chamado ‘tráfego de marca’, ou seja, os utilizadores só encontravam o provedor de email encriptado quando procuravam especificamente por ‘Tuta’ ou ‘Tutanota’.
Matthias Pfau, CEO da Tuta Mail, manifestou-se perplexo com a queda no ranking da sua empresa no dia em que o DMA (Digital Markets Act) entrou em ação. A empresa tentou entrar em contato com o Google para discutir a questão, mas não obteve resposta. Em contrapartida, um porta-voz do Google afirmou que a empresa não promove injustamente os seus próprios produtos e que atualizações no algoritmo de busca não visam favorecer produtos do Google ou qualquer outro site específico.
A Comissão Europeia, que iniciou investigações sobre possíveis infrações ao DMA por parte do Google, Apple e Meta Platforms, não forneceu detalhes específicos, mas afirmou estar monitorizando a conformidade dos ‘gatekeepers’ com as obrigações, inclusive no contexto dos procedimentos em andamento.
Pfau destacou o impacto significativo na Tuta Mail, mencionando uma redução de 88,47% nas impressões totais por mês após a remoção da maioria das palavras-chave de marca. A empresa deseja que a força-tarefa do DMA inclua os seus dados na investigação sobre a conformidade do Google com o DMA. Este ato obriga as grandes tecnológicas a oferecer mais escolha a concorrentes e utilizadores, permitindo que serviços concorrentes funcionem com os seus e proíbe que tratem os seus serviços de forma mais favorável em rankings do que os rivais.