Governo escocês enfrenta voto de desconfiança
Em um cenário político agitado, o Governo escocês prepara-se para enfrentar um voto de desconfiança na quarta-feira, após o anúncio surpreendente da demissão do Primeiro-Ministro Humza Yousaf. A decisão de Yousaf, que ocorreu na segunda-feira, desencadeou um novo processo de escolha de liderança no Partido Nacional Escocês (SNP), apenas 13 meses após ter sucedido Nicola Sturgeon.
A crise no SNP abre uma janela de oportunidade para o Partido Trabalhista do Reino Unido, que busca recuperar terreno antes das eleições nacionais previstas para este ano. A moção de desconfiança no governo foi apresentada pelo Partido Trabalhista Escocês na semana passada, logo após Yousaf anunciar o fim da coligação com o Partido Verde Escocês. As listagens do parlamento escocês indicaram que o voto estava agendado para quarta-feira.
Yousaf, enfrentando um voto de desconfiança separado em sua posição como primeiro-ministro, optou pela demissão, evitando assim a votação. No entanto, a moção mais ampla de desconfiança no governo proposta pelo Partido Trabalhista provavelmente será rejeitada com a oposição dos Verdes, permitindo ao SNP a chance de formar um novo governo minoritário sob a liderança de outro membro.
O ex-líder John Swinney expressou que está considerando candidatar-se, enquanto Kate Forbes, antiga rival de Yousaf na liderança, é vista como possível candidata. Se a moção de desconfiança do Partido Trabalhista fosse aprovada, resultaria na demissão do governo e prováveis eleições subsequentes na Escócia.
O líder do Partido Trabalhista Escocês, Anas Sarwar, manifestou que seria um ultraje democrático se o SNP escolhesse outro líder – e consequentemente Primeiro-Ministro – sem uma eleição parlamentar. O desenrolar dos eventos mantém a política escocesa sob intenso escrutínio, enquanto os cidadãos aguardam os próximos capítulos desta saga política.