Resultados Positivos Impulsionam Previsão de Vendas Orgânicas da Coca-Cola
A Coca-Cola anunciou uma revisão positiva na sua previsão anual de vendas orgânicas, após superar os resultados do primeiro trimestre. O aumento se deve ao fato de que consumidores dos EUA e de mercados internacionais estão dispostos a investir mais em refrigerantes e sucos de valor agregado.
No mercado norte-americano, a procura tem crescido principalmente na categoria fora de casa, com consumidores gastando mais em produtos como os refrigerantes Coke e os sucos Minute Maid ao frequentarem cinemas e restaurantes. A empresa, seguindo os passos da PepsiCo, que também superou suas expectativas para o primeiro trimestre, está aproveitando a forte demanda em mercados internacionais, como Europa e América Latina. Relançamentos do café Georgia e reformulações do Sprite contribuíram para o aumento das vendas.
Na Europa, Oriente Médio e África, a receita orgânica da companhia no primeiro trimestre subiu 15%, enquanto na América do Norte o aumento foi de 7%. O preço médio de venda geral subiu 13%, embora o volume de caixas unitárias tenha apresentado um crescimento de apenas 1%.
“Eles estão se saindo bem em certos mercados internacionais, que já estão um pouco mais acostumados aos efeitos da inflação, e a Coca-Cola tem, francamente, um grande poder de marca, então eles não estão vendo esse tipo de erosão”, comentou Christian Greiner, gerente de carteira sênior na F/m Investments, que possui ações do gigante das bebidas.
A Coca-Cola também está reformulando seus produtos existentes e introduzindo novos itens para estimular a demanda entre clientes de menor renda. “Os EUA ainda estão em boa forma”, disse o CEO James Quincey em uma chamada após a divulgação dos lucros, observando que há alguma compressão do poder de compra entre clientes de menor renda.
Para o ano fiscal de 2024, a Coca-Cola espera que as vendas orgânicas cresçam de 8% a 9%, comparado com a previsão anterior de um aumento de 6% a 7%. A receita líquida do primeiro trimestre subiu 2,5%, alcançando US$ 11,23 bilhões, superando as estimativas da LSEG de US$ 11,01 bilhões. A Coca-Cola divulgou um lucro ajustado por ação de 72 centavos, em comparação com as expectativas de 70 centavos.
A empresa manteve sua previsão anual de crescimento comparável por ação de 4% a 5%. “É encorajador ver a empresa orientar para cima, mas em uma base dólar subjacente, parece que tudo vai permanecer o mesmo”, disse o analista da Wedbush, Gerald Pascarelli.
As ações da companhia apresentaram uma leve queda no início do pregão.