Detenções no 1º de Maio após Erdogan fechar Taksim

Confrontos em Istambul no Primeiro de Maio

Na quarta-feira, a polícia de choque turca recorreu ao uso de gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes do Primeiro de Maio que tentavam chegar à Praça Taksim, um local emblemático em Istambul. Segundo a imprensa turca, Dezenas de manifestantes foram detidos durante os confrontos.

O Presidente Tayyip Erdogan tinha declarado anteriormente que a praça, cercada pelas forças de segurança, não seria aberta para os protestos anuais. Apesar da proibição imposta pelo gabinete do Governador de Istambul, Ozgur Ozel, líder do principal partido da oposição, o Partido Republicano do Povo (CHP), convocou um comício na praça.

Trabalhadores e membros de sindicatos reuniram-se no bairro de Sarachane na manhã de quarta-feira com o objetivo de marchar até a Praça Taksim para protestar contra a crescente inflação e as dificuldades econômicas. As autoridades posicionaram atiradores no histórico Aqueduto de Valens em Sarachane e montaram uma barreira com veículos canhão de água e dezenas de polícias, bloqueando todas as rotas para a praça, mostrou um vídeo da Reuters.

Alguns manifestantes atiraram pedras contra as forças de segurança na tentativa de ultrapassar as barricadas. O Ministro do Interior, Ali Yerlikaya, informou que mais de 42.000 oficiais de polícia foram destacados em Istambul para as manifestações, que ocorrem todos os anos para marcar o Dia Internacional do Trabalho.

Os protestos são frequentemente centrados na Praça Taksim, local onde 34 pessoas foram mortas durante manifestações no dia 1º de maio de 1977. Este ano, a tensão entre manifestantes e autoridades voltou a marcar a data na metrópole turca.