Mosteiro em Terreno Protegido: Decisão do Ministério do Interior
O Ministério do Interior de Chipre rejeitou um recurso apresentado pelo bispado de Famagusta Constantia para a construção de um mosteiro em terreno protegido do ponto de vista ambiental, na região de Cape Greco. A decisão, tornada pública na quinta-feira, coloca o bispado perante um dilema: recorrer à justiça ou avançar com a demolição do mosteiro, conforme determinado pelo ministério.
A obra do mosteiro foi iniciada em área pertencente à rede Natura 2000, que é protegida por legislação ambiental europeia. Chipre já enfrenta a possibilidade de ações legais no Tribunal de Justiça da União Europeia devido a várias violações relacionadas a essa rede de proteção ambiental.
No início de abril, o Ministro do Interior, Constantinos Ioannou, comunicou-se com o Bispo de Constantia e Famagusta através do diretor do departamento de auditoria da igreja, Yannis Harilaou. O bispo comprometeu-se a demolir o edifício e restaurar a área em caso de rejeição do recurso pelo ministério. Contudo, no dia seguinte, o Bispo Vasilios de Famagusta enviou uma carta à municipalidade de Ayia Napa, indicando que, se o recurso fosse negado, ele procederia com o registro de um apelo ao tribunal administrativo.
O ministério assegurou que consideraria qualquer pedido do bispado para trocar terrenos da igreja localizados nas áreas protegidas da Zona Especial de Conservação e Zona Especial de Proteção da Rede Natura 2000 em Cape Greco por terrenos em Ayia Napa. Essa permuta possibilitaria a construção do mosteiro num local que atenda às necessidades da Metrópole de Constantia e, ao mesmo tempo, preserve o ambiente natural da região.
Com esta decisão, o ministério sublinha a importância de equilibrar o desenvolvimento infraestrutural com a preservação dos recursos naturais, mantendo o compromisso de Chipre com as diretrizes ambientais europeias.