A luta de uma família contra as lacunas no sistema de saúde de Chipre
A falta de rastreio neonatal da Atrofia Muscular Espinhal em Chipre resultou na doença irreversível de Konstantinos Efraim, segundo o seu pai Pantelis Costa. A deteção precoce poderia ter mudado drasticamente o curso da vida do jovem Konstantinos, que foi diagnosticado com a condição apenas aos dois meses de idade. Pantelis Costa lamenta a oportunidade perdida para um tratamento precoce, referindo que se o teste estivesse disponível, o seu filho poderia ter iniciado o tratamento nos primeiros 20 dias e hoje ter a capacidade de andar.
Apesar de ter acabado por receber tratamento, os obstáculos burocráticos e os atrasos nos cuidados de saúde colocaram Konstantinos em risco, com a família a enfrentar dificuldades financeiras e a depender do apoio de amigos e familiares. A luta constante com o sistema de saúde é descrita por Costa, que critica a falta de equipamento essencial e os atrasos burocráticos na obtenção de um médico qualificado para operá-lo.
Os Costas têm pedido apoio domiciliário e de enfermagem há quatro meses, enfrentando o que alegam ser zombaria por parte dos oficiais. Costa ofereceu-se para se tornar enfermeiro certificado para garantir a segurança do filho, mas não recebeu apoio. A assistência financeira chegou tarde, forçando a família a comprar equipamentos necessários, como oxigénio portátil, com recursos próprios. As constantes viagens a especialistas somam-se ao encargo financeiro, com uma modesta ajuda mensal de 150 euros que fica aquém da despesa real de 700 euros.
Konstantinos foi hospitalizado dez vezes, algumas das quais poderiam ter sido evitadas com cuidados adequados. O medo constante e o stress afetaram significativamente a saúde mental dos pais. Pantelis Costa condena a falta de resposta e empatia por parte do Ministério da Saúde e dos Serviços de Enfermagem, e planeia tomar medidas legais contra o estado pela ausência de rastreio neonatal e cuidados domiciliários na doença do filho, que sofre de