Lei da UE visa recuperação de habitats até 2030

Restauro de Ecossistemas: Uma Necessidade Urgente

Num mundo onde a mudança climática, a poluição e a perda de habitats ameaçam a saúde dos ecossistemas, a recuperação de habitats surge como uma luz ao fundo do túnel. A conservação, embora vital, já não é suficiente para garantir a estabilidade a longo prazo. A restauração de habitats adota uma abordagem holística, revitalizando o equilíbrio natural de todos os elementos de um ecossistema, desde o solo e a hidrologia até à vida vegetal e animal.

Recentemente, o Parlamento Europeu aprovou uma lei histórica de Restauração da Natureza, estabelecendo metas ambiciosas para 2030. Contudo, a votação no Conselho da UE foi adiada, com a Hungria retirando surpreendentemente o seu apoio. A decisão de outros Estados-Membros como Itália, Polónia e Suécia em opor-se à lei, e a indicação de abstenção por parte da Bélgica e Áustria, levanta questões sobre o futuro desta legislação crucial.

Em Chipre, a Terra Cypria – Fundação para a Conservação de Chipre está na linha da frente da recuperação de habitats. Projetos como o “Habitat restoration and Wise Use of Akrotiri and Cape Pyla”, financiado pelo Darwin Plus, demonstram ações concretas para restaurar ecossistemas danificados. Restrições ao acesso de veículos em locais sensíveis e planos de eco-fluxo são apenas alguns exemplos das medidas implementadas para promover um ambiente mais saudável.

O impasse atual em torno da Lei de Restauração da Natureza Europeia é um lembrete das dificuldades que enfrentamos. Não podemos mais ser meros espectadores; o futuro do nosso planeta depende da nossa capacidade de reconstruir o que foi perdido. Desde instar os nossos líderes a apoiar iniciativas de restauração até apoiar esforços locais de conservação, cada ação conta. Juntos, podemos reconstruir o muro que sustenta a vida na Terra, assegurando um futuro vibrante e resiliente para todos.

Zoe Makridou é oficial de conservação e projetos na Terra Cypria.