Desenvolvimentos Recentes no Caso dos Monges do Mosteiro de Osiou Avakoum
No decorrer de uma investigação que tem capturado a atenção pública, dois monges do Mosteiro de Osiou Avakoum, sob suspeita de lavagem de dinheiro e atividade sexual entre si, receberam os seus salários, conforme informado pelos seus advogados no sábado passado.
Segundo os representantes legais, o Bispo de Tamassos, Isaias, havia inicialmente colocado os monges, os arquimandritas Nektarios e Porfyrios, e o hieromonge do mosteiro, Avakoum Christofis, em licença remunerada por três meses a partir de 5 de março. Contudo, esta decisão foi alterada uma semana depois, excluindo o pagamento dos salários durante o período da investigação. A situação mudou mais uma vez na sexta-feira, quando os três receberam os pagamentos que lhes eram devidos desde 12 de março. Os advogados declararam que a decisão “vindicava os nossos clientes”.
Na quinta-feira anterior, os advogados dos monges haviam argumentado que o processo investigativo conduzido pela igreja era ilegal. Relatórios na quarta-feira sugeriram que os monges poderiam ser despojados de seus títulos eclesiásticos pela igreja. Em caso de oposição ao despojamento, eles poderiam recorrer da decisão. Anastasios Vavouskos, um dos advogados dos monges, afirmou que “agora é responsabilidade do Santo Sínodo provar que não existe tal decisão pré-determinada [sobre o despojamento] e deveria absolver os nossos clientes”.
Fontes eclesiásticas indicaram a esperança de concluir as investigações até o final do mês. As mesmas fontes mencionaram que é improvável que o tribunal eclesiástico alcance uma decisão por maioria e que um recurso seria apresentado, levando a decisão final para o Santo Sínodo antes da sua reunião programada para junho.
Os monges foram encontrados com €807.000 em dinheiro vivo e gravados em câmera envolvidos em atividade sexual mútua em março. Também foi alegado que eles estavam utilizando mirra artificial em uma cruz da qual brotava um jato, o qual falsamente afirmavam ser sinal de um milagre. A polícia começou a investigar o caso, obtendo acesso às contas bancárias dos monges, ao registro de terras e outros serviços para investigar mais a fundo as alegações contra eles.
Os monges entraram com um recurso há algumas semanas para ter o dinheiro devolvido. O recurso, submetido pelos monges e duas pessoas do público às quais o dinheiro parece pertencer, foi entregue apenas ao serviço legal e à força anti-lavagem de dinheiro Mokas. No entanto, o tribunal insiste que deveria ter sido também notificado a outras partes interessadas. O recurso dos monges afirma que nem todos os fatos foram apresentados pela polícia para garantir as ordens de congelamento do dinheiro e propriedade e que, se o tribunal tivesse conhecimento de todos os fatos, não teria emitido tais ordens.
