Líder da Oposição Critica Ersin Tatar por Evitar Diálogo
O líder cipriota turco, Ersin Tatar, foi acusado de “fugir da luta” pelos direitos dos cipriotas turcos pelo líder do partido da oposição CTP, Tufan Erhurman, na segunda-feira. As críticas surgiram após um encontro breve e final de Tatar com a enviada das Nações Unidas, Maria Angela Holguin.
Erhurman expressou descontentamento no ‘parlamento’, destacando que a recusa em participar em conversações tripartidas sinaliza uma rejeição ao diálogo. “A conclusão é que o povo cipriota turco tinha vontade de encontrar uma solução, mas agora parece não ter sequer vontade para o diálogo. No entanto, isso não reflete a posição do povo cipriota turco. A distância entre o povo e Ersin Tatar está a aumentar”, afirmou.
O líder da oposição sublinhou que os cipriotas turcos “não merecem ser colocados na posição de serem a parte que evita até mesmo o diálogo”, independentemente das diferenças políticas. Questionou ainda a ausência de uma “explicação plausível” para Tatar evitar um encontro tripartido, argumentando que aspiram a um “status internacional igualitário”, mas questionou que resultados esperam alcançar “evitando explicar a nossa própria posição”.
Anteriormente, o ‘ministro dos negócios estrangeiros’, Tahsin Ertugruloglu, havia informado o ‘parlamento’ que a rejeição de Tatar às conversações propostas pela ONU visava evitar perder mais tempo. Ertugruloglu criticou também a postura do Reino Unido em relação ao problema de Chipre, insinuando que há “jogos” em curso para desgastar as políticas firmes dos cipriotas turcos e questionou a insistência britânica por uma reunião tripartida.
Além disso, Ertugruloglu acusou a ONU de “roubar 60 anos do nosso tempo” e afirmou que o lado cipriota grego “não tem intenção de estabelecer um estado federal”. Declarou ainda que o lado cipriota turco “não pode correr riscos confiando na ONU, na União Europeia ou em outros”.
Na mesma segunda-feira, Holguin encontrou-se também com o ex-líder cipriota turco Mustafa Akinci, que liderou entre 2015 e 2020 e esteve no cargo durante as negociações de Crans-Montana. Akinci comentou que Holguin “mostra determinação para trabalhar sem perder a esperança, apesar das dificuldades”, e desejou-lhe sucesso nos seus esforços.