Understanding the Death Toll in Gaza
In the midst of ongoing conflict, O Ministério da Saúde palestiniano comunicou um número de mortos de 34 844, dos quais 21 058 foram contados a partir dos corpos que chegaram às morgues e 3 715 foram comunicados online por familiares. Estes números refletem a trágica realidade da
A contagem das vítimas é um processo complexo e multifacetado. Nos primeiros meses da guerra, os números baseavam-se principalmente na contagem de corpos que chegavam aos hospitais, com dados detalhados incluindo nomes e números de identidade. Com a progressão do conflito e a redução do funcionamento de hospitais e morgues, métodos alternativos foram adotados. Um relatório do Ministério da Saúde, datado de 7 de maio, detalhou que 10 071 mortes possuíam “dados incompletos”, sem especificar como essas informações foram inicialmente reportadas ao ministério.
Apesar dos esforços para calcular o número de vítimas, o Ministério da Saúde palestiniano admite que os números podem não refletir todas as vítimas, já que muitos corpos ainda se encontram sob os escombros. Organizações como o escritório de direitos humanos da ONU e o Humanitarian Research Lab da Yale School of Public Health sugerem que os números reais podem ser superiores aos publicados.
Antes da guerra, Gaza possuía estatísticas populacionais robustas e sistemas de informação de saúde superiores aos da maioria dos países do Médio Oriente. Um porta-voz da Organização Mundial de Saúde considerou que o ministério tem uma “boa capacidade na coleta/ análise de dados e seus relatórios anteriores foram considerados credíveis”. A ONU regularmente cita os números do ministério, nomeando-o como fonte.
Enquanto Israel questiona a veracidade dos números devido ao controle do Hamas sobre o governo em Gaza, as autoridades israelitas também reconheceram em briefings que os números gerais de vítimas em Gaza são amplamente confiáveis. O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu mencionou que 14 000 combatentes do Hamas e 16 000 civis palestinianos foram mortos na guerra.
As estatísticas do Ministério da Saúde não diferenciam entre civis e combatentes do Hamas. No entanto, Israel fornece periodicamente estimativas do número de combatentes do Hamas que acredita terem sido mortos. O Hamas, por sua vez, afirmou que as estimativas israelitas para as suas perdas eram exageradas, mas não divulgou o número de seus combatentes mortos.
Segundo o Ministério da Saúde palestiniano, mais de 70% dos mortos são mulheres e crianças menores de 18 anos. Contudo, as condições nos hospitais dificultam a compilação de números precisos e muitos dos mortos podem não ser identificáveis devido à gravidade das lesões. Em maio, o ministério atualizou a sua discriminação das fatalidades para se basear apenas nos 24 686 corpos que disse terem sido totalmente identificados, excluindo os mais de 10 000 corpos ainda não identificados.
Este conflito em Gaza continua a ser uma fonte de perda humana devastadora e debate internacional sobre a precisão dos números reportados. À medida que a guerra prossegue, a busca pela verdade nos números torna-se tanto uma questão humanitária quanto política.
