Progresso nas Investigações de Evasão de Sanções em Chipre
As autoridades cipriotas estão a aproximar-se das conclusões na sua investigação de possíveis violações das sanções da União Europeia impostas a bilionários russos relacionadas com a guerra na Ucrânia. Uma reunião realizada na Procuradoria-Geral na terça-feira centrou-se no progresso dos casos relatados por várias entidades, com investigadores da Unidade de Investigação de Crime Económico apresentando descobertas em cerca de 10 dos 30 casos sob exame.
Os investigadores estão a analisar casos que envolvem indivíduos de alto nível como Alexei Mordashov, que alegadamente transferiu acções no valor de 1,4 mil milhões de euros para a sua mulher após a imposição das sanções. Está a ser determinado se a transferência ocorreu antes ou depois da entrada em vigor das sanções.
A Procuradoria-Geral, incluindo o Procurador-Geral, o Vice-Procurador-Geral e os assessores jurídicos, reuniu-se com os investigadores para avaliar o progresso e emitir novas instruções. Fontes indicam que potenciais processos judiciais estão no horizonte. Os dossiês dos casos concluídos foram submetidos para revisão, enquanto dois outros foram previamente enviados para o Ministério Público.
As investigações começaram no início de 2023, após relatórios da Unidade Anti-Lavagem de Dinheiro (MOKAS), associações de contabilistas e advogados, o Banco Central e o Ministério das Finanças. Quatro oligarcas russos nomeados no relatório “Cyprus Confidential” por jornalistas internacionais estão entre os investigados.
As autoridades fortaleceram a Unidade de Investigação de Crime Económico e estão a procurar evidências de países estrangeiros para solidificar potenciais acusações. Fontes assinalaram casos de fundos a sair de Chipre pouco antes da imposição das sanções.