Questão Cipriota e o Drama das Pessoas Desaparecidas
Numa cerimónia que se revestiu de solenidade e memória, o porta-voz do governo cipriota, Konstantinos Letymbiotis, relembrou a comunidade presente na igreja de Ayia Marina Chrysochous, em Paphos, que o problema das pessoas desaparecidas continua a ser uma ferida aberta no tecido social da ilha. De acordo com Letymbiotis, dos 1.510 cipriotas gregos inicialmente desaparecidos, 758 ainda permanecem sem paradeiro conhecido.
Letymbiotis enfatizou que descobrir o destino de cada uma dessas pessoas é uma prioridade absoluta para o governo e pessoalmente para o presidente. Reconheceu, contudo, que com o passar do tempo, a resolução deste problema humanitário torna-se cada vez mais complexa.
O porta-voz apontou diretamente para a Turquia como responsável pelo impasse, acusando-a de não cooperar na determinação do destino das pessoas desaparecidas e de desafiar as decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, bem como as de outras organizações internacionais.
Letymbiotis apelou às Nações Unidas, à União Europeia e às nações poderosas do mundo para que intervenham e ponham fim ao sofrimento dos familiares dos desaparecidos. Recordou que a resolução 3450 da Assembleia Geral da ONU de 1975 destaca como necessidade humana básica das famílias ter informações sobre seus parentes desaparecidos.
Reiterou o compromisso do governo de “não desistir até que o destino de cada