O Partido Animal de Chipre opôs-se fortemente à proposta do Centro de Pesquisa e Educação Ambiental de Chipre (Cycere) para transformar o Zoo de Limassol em um ‘Parque da Quinta dos Animais de Limassol’.
O partido considera a proposta inaceitável, criticando tanto o processo quanto o conteúdo do plano. Conforme delineado na nova proposta, os animais seriam alojados “de uma maneira amigável”, focando na conservação das espécies em vez de exibi-los em gaiolas, enquanto o público “poderá participar em algumas atividades com os animais”.
Em seu anúncio, o Partido Animal disse ter submetido sugestões por escrito durante a fase inicial de consulta pública e levantou preocupações sobre a falta de procedimentos claros e transparentes quando o Município de Limassol confiou ao Cycere a condução da consulta. Eles apontaram que os resultados, incluindo o questionário e as respostas dos cidadãos, nunca foram publicados ou compartilhados publicamente. O partido argumenta que a proposta atual provavelmente não reflete a opinião da maioria dos cidadãos de Limassol.
“O Partido Animal de Chipre de forma alguma concorda com esta proposta e a conversão do zoo em um ‘Parque da Quinta dos Animais de Limassol’. A ‘necessidade de uma abordagem mais amiga dos animais’ não implica que devemos ter animais de quinta ou vida selvagem para exibição pública, nem devemos confinar animais sob o pretexto de uma abordagem mais amiga dos animais quando eles não fizeram nada de errado”, declarou o partido.
Histórico de Escândalos e Má Gestão
Eles enfatizaram que qualquer decisão de transformar o zoo em um parque, parque de quinta ou qualquer outra forma provavelmente falhará, instando as partes interessadas a considerar o histórico de escândalos e má gestão que levaram aos pedidos de fechamento do zoo.
Atacando a ‘abordagem educativa’ da nova proposta, o partido animal disse “vivemos no século XXI, com a tecnologia avançando rapidamente. O sistema educacional pode facilmente ensinar as crianças sobre a vida selvagem do país e organizar viagens educativas na natureza onde elas podem ver os animais em seu ambiente natural.”
O Partido Animal pediu às partes envolvidas que publiquem os resultados da consulta pública e acredita que a nova proposta deve ser imediatamente submetida a outra rodada de consulta pública, permitindo que os cidadãos de Limassol decidam o futuro do zoo.
Proposta do Cycere
A proposta apresentada pelo Centro de Pesquisa e Educação Ambiental de Chipre (Cycere) destaca a necessidade de uma “abordagem mais amiga dos animais” do que a atualmente exercida no zoo, observando as “significativas deficiências e fraquezas” nas operações atuais do zoo.
Sob a nova proposta, o espaço “enfatizaria a reprodução e conservação das espécies sem exibir animais em gaiolas”. Com isso em mente, o espaço funcionaria como um centro educativo, onde os visitantes poderiam aprender sobre “a importância de proteger os animais e o meio ambiente”. Também permitiria que os jardins oferecessem programas e atividades que incentivem as pessoas a interagir com a natureza e aprender através da prática.
Algumas das atividades propostas incluem alimentar os animais, passeios a pé, fotografia animal, passeios de burro, coleta de ovos e ordenha de vacas. Conforme delineado, a lista de animais planejados inclui pequenos cabritos, porcos, vacas, cavalos, galinhas e coelhos. No entanto, a proposta também mencionou que o parque poderia incluir uma exposição de espécies nativas e não nativas, oferecendo informações sobre o ecossistema, comportamento animal e as ameaças que várias espécies enfrentam em seu ambiente natural.
O zoo tem sido alvo de críticas nos últimos anos devido a problemas com a segurança dos animais, com manifestantes tendo descido ao zoo no final de 2022 e início de 2023 para exigir seu fechamento. Os manifestantes na época descreveram as condições no zoo como “escravidão inaceitável” e “prisão de animais inocentes”.
Os protestos começaram depois que um cervo morreu quando seus chifres ficaram presos em uma malha metálica. Ativistas disseram que o cervo sofreu uma “morte lenta e agonizante”, o que, segundo eles, era evidência de “negligência inaceitável e irresponsabilidade” por parte das pessoas responsáveis. Isso seguiu um incidente envolvendo um gato Savannah que foi “encontrado morto” no zoo após passar por uma cirurgia intestinal.