A falta de vontade política para uma revisão substancial do plano de desenvolvimento sustentável de Akamas está a colocar a região em perigo, afirmou a Federação de Organizações Ambientais (Opok) no domingo.
Num carta dirigida ao Presidente Nikos Christodoulides, o grupo manifestou a sua insatisfação com as intenções do governo e apelou para que se corrijam os erros cometidos e não se repitam, de modo a evitar resultados “desfavoráveis para o ambiente e as comunidades da região, bem como para os visitantes e amantes da natureza”.
Preocupações com Infraestruturas e Mobilidade
Os ambientalistas criticaram os planos para pontes no parque, que foram realizados com base em modelos urbanos e não consideram os custos para o ambiente e a estética da paisagem. O plano também é baseado em carros, não em pedestres e ciclistas, segundo a Opok.
“Não vemos que até agora sejam atribuídas responsabilidades, quando apropriado, pelo desperdício imprudente de recursos públicos significativos para muitos projetos desnecessários e incompatíveis que têm sido realizados, destruindo não só o ambiente mas também a estética de Akamas”, afirmou o grupo.
A Opok apelou a uma reavaliação completa do plano, “e do uso pretendido da rede viária e outras infraestruturas, que devem levar seriamente em conta os princípios internacionalmente reconhecidos de mobilidade sustentável e proteção da biodiversidade”.
Propostas para um Futuro Sustentável
O grupo defendeu que apenas modos de transporte sustentáveis sejam permitidos dentro do parque – caminhadas, ciclismo e autocarros elétricos. Os carros particulares deveriam ser permitidos apenas para estacionar na periferia do parque, sugeriram.
A Opok também pediu uma redução nos pontos de entrada para três, além da remoção de lojas e áreas de refrescos dentro do parque, que, segundo eles, impactam negativamente tanto o ambiente quanto a subsistência daqueles com instalações semelhantes nas comunidades de Akamas.
A caça deveria ser proibida no parque, enquanto o desenvolvimento sustentável das comunidades circundantes deveria ser incentivado, acrescentou. Mais sítios Natura 2000 que atualmente não estão dentro dos limites do parque deveriam ser incluídos nele, concluiu o grupo.