Os conservadores britânicos planeiam definir explicitamente o sexo como biológico na Lei da Igualdade se ganharem as eleições de 4 de julho, com o objetivo de resolver uma “ambiguidade” que, segundo eles, coloca em risco a segurança das mulheres e das raparigas, anunciou o Primeiro-Ministro Rishi Sunak.
Foco nas Eleições
À medida que se aproximam as eleições, os conservadores estão a concentrar-se em questões-chave para garantir a base de eleitores, incluindo políticas para proteger os pensionistas, combater a imigração ilegal e introduzir o serviço nacional obrigatório para jovens de 18 anos.
“A segurança das mulheres e das raparigas é demasiado importante para permitir que a atual confusão em torno das definições de sexo e género persista,” afirmou o partido. Defendem que esta medida reforçará a proteção das mulheres e das raparigas, assegurando simultaneamente a privacidade e a dignidade de todos.
Atrás do Partido Trabalhista da oposição por cerca de 20 pontos percentuais nas sondagens, os conservadores argumentam que a confusão existente tornou os prestadores de serviços de sexo único suscetíveis a desafios e ações legais.
John Healey, chefe da política de defesa dos Trabalhistas, afirmou na segunda-feira que a lei não necessita de alteração; em vez disso, é necessário um guia mais claro para os prestadores de serviços.
Lei da Igualdade de 2010
A Lei da Igualdade de 2010 já permite que os prestadores de serviços ofereçam serviços de sexo único e separado, como casas de banho, refúgios para vítimas de violência doméstica e vestiários, quando justificado e proporcional.
Quando justificado, os prestadores podem também excluir indivíduos transgénero com Certificados de Reconhecimento de Género (GRC), afirmou anteriormente o governo. Um GRC altera o sexo de uma pessoa transgénero para a maioria dos propósitos legais.
Os conservadores esclareceram que a mudança legal proposta não removeria as proteções existentes contra a discriminação com base na mudança de género. Aqueles com um GRC ainda teriam seu sexo alinhado com o género adquirido na lei fora da Lei da Igualdade, como na lei do casamento, mantendo o status quo atual, disseram.
(Com informações da Reuters)