A Comissária para a Administração, Maria Stylianou-Lottides, desencadeou uma tempestade no Serviço de Asilo após um relatório contundente revelar atrasos significativos no processamento de pedidos de proteção internacional de refugiados sírios.
O relatório, motivado por uma onda de queixas de candidatos frustrados, expõe um pesadelo burocrático com alguns sírios esperando entre dois a cinco anos por uma decisão sobre seu status. Ainda mais preocupante, o relatório destaca uma quebra completa na comunicação. De acordo com a investigação, os candidatos foram deixados no escuro. A legislação e as diretivas exigem explicações escritas para atrasos superiores a nove meses, uma prática ignorada pelo Serviço de Asilo.
Quebra na Comunicação e Falta de Informação
Além disso, o relatório condena a falha da agência em informar os candidatos sobre a recente mudança de política que suspendeu a análise dos pedidos sírios por completo. O relatório exige ações corretivas imediatas. A Comissária Stylianou-Lottides insiste que o Serviço de Asilo retifique a situação informando os candidatos existentes sobre os motivos dos atrasos em seus casos individuais.
Adicionalmente, todos os candidatos sírios, tanto aqueles impactados pelos atrasos quanto aqueles que submetem pedidos após 14 de abril de 2024 (data da nova política de suspensão), devem ser devidamente informados sobre o estado atual das coisas. A responsabilidade recai sobre o Serviço de Asilo para garantir uma comunicação clara e consistente de acordo com as leis estabelecidas.
O relatório foi entregue diretamente ao chefe do Serviço de Asilo, exigindo uma resposta rápida para abordar os problemas identificados. Uma cópia também foi encaminhada ao Ministro do Interior, potencialmente abrindo caminho para novas intervenções.
Chipre suspendeu o processamento de pedidos de asilo de nacionais sírios. O escritório de direitos humanos da ONU declarou no início deste ano que, com base em evidências recolhidas, refugiados sírios que fugiram da guerra civil em curso na Síria estão enfrentando graves violações dos direitos humanos, como tortura e sequestro ao retornarem à Síria, enquanto as mulheres são sujeitas a assédio sexual e violência.