Na manhã de 7 de outubro de 2023, enquanto lia o Economist, uma mensagem apareceu no meu telefone. O ataque terrorista do Hamas em Israel estava em todas as notícias, e eu mal podia acreditar como um crime tão massivo e desprezível poderia ter acontecido em nossos tempos, especialmente considerando as capacidades superiores do exército, inteligência e hardware de Israel.
Como estudante de história, não pude deixar de procurar respostas, mas apenas alguns meses depois. Antes de embarcar nessa jornada, precisei de tempo para entender completamente o que aconteceu, com base nos fatos, mas também para entender por que as pessoas que cometeram esses crimes estavam tão orgulhosas de seus feitos.
Massacrar mulheres, crianças, executar famílias e estuprar meninas e mulheres requer um estado mental que desafia não apenas a lógica ou o bom senso, mas elementos fundamentais da humanidade. Muitos de nós já vimos uma criança cair enquanto brincava e corremos para socorrê-la. Esse comportamento é instintivo. Não tem nada a ver com bom senso ou algum comportamento aprendido para agir de maneira socialmente aceitável. Somos feitos para proteger os jovens. É um instinto necessário encontrado na maioria das espécies para garantir uma boa criação.
Crianças merecem paz
De fato, crianças em todo o mundo merecem viver em paz e amor com seus pais, parentes e amigos. É uma obrigação moral da sociedade garantir esses direitos. Infelizmente, esses direitos não são nem inerentes nem permanentes. Eles devem ser defendidos.
Apenas um estado de democracia pode defender esses direitos. Aqueles que desprezam a democracia não se importam nem com as crianças nem com seus direitos. Crianças palestinas e israelenses têm os mesmos direitos de crescer em paz, amor e prosperidade. Mas tais normas não existem em uma tirania onde as crianças estão se tornando agentes de ódio e seus corpos mortos objetos de propaganda. Quanto mais crianças mortas, melhor para o Hamas.
Segundo um relatório da CNN, o líder militar do Hamas disse acreditar que ganhou a vantagem sobre Israel e que o número crescente de mortes civis em Gaza funcionaria a favor do grupo militante, segundo um relatório do Wall Street Journal, citando mensagens vazadas que o jornal disse ter visto.
“Temos os israelenses exatamente onde queremos”, disse Yahya Sinwar a outros líderes do Hamas recentemente, de acordo com uma das mensagens reveladas pelo WSJ. Em outra, Sinwar teria descrito as mortes civis como “sacrifícios necessários”, citando conflitos passados relacionados à independência em países como a Argélia.
Israel, por outro lado, é um farol de democracia, tolerância religiosa e étnica, estado de direito e respeito pelos direitos humanos em uma região onde não há democracias, mas sim o domínio do Islã, intolerância étnica, pouco ou nenhum respeito pelas mulheres e pouco ou nenhum respeito pelos direitos humanos com algumas exceções relativamente boas encontradas ao sul do Golfo.
Michael Olympios é Consultor Editorial do Financial Mirror
