Com os analistas de mercado cada vez mais a preverem a probabilidade de uma vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA em novembro, os investidores estão de olho em três setores específicos que se espera beneficiar das políticas da sua administração.
Energia
“A administração de Trump historicamente priorizou a independência energética e o crescimento económico em detrimento das regulamentações ambientais. As suas ações passadas, como a reversão das políticas climáticas da era Obama e a saída do Acordo de Paris, refletem uma preferência por uma supervisão ambiental menos rigorosa,” observou Nigel Green, CEO do deVere Group.
“Caso Trump vença novamente a presidência, espera-se uma abordagem semelhante, que beneficiaria o setor energético, particularmente os combustíveis fósseis. Regulamentações mais frouxas provavelmente reduziriam os custos operacionais para as empresas de energia, especialmente aquelas nos setores de carvão, petróleo e gás natural. Além disso, um governo Trump poderia pressionar por um aumento na produção de energia doméstica, aumentando a rentabilidade das empresas envolvidas na extração, produção e distribuição. A ênfase de Trump na reconstrução da infraestrutura americana poderia levar a um aumento na demanda por energia, beneficiando os fornecedores de energia e indústrias relacionadas.”
Financeiro
O CEO do deVere afirmou que a administração de Trump historicamente favoreceu a desregulamentação, visando reduzir o fardo regulatório sobre as instituições financeiras. “Com regulamentações menos rigorosas, os bancos e instituições financeiras podem esperar uma redução nos custos de conformidade e um aumento nas margens de lucro. A desregulamentação também poderia facilitar o aumento das atividades de empréstimo, impulsionando as receitas das empresas de serviços financeiros. A antecipação de uma vitória republicana já começou a aumentar a confiança do mercado no setor financeiro, com os investidores esperando um ambiente mais favorável aos negócios.”
Manufatura
“A política emblemática ‘America First’ de Trump enfatizou a importância da manufatura doméstica e a redução da dependência de importações estrangeiras. Um retorno a esta política provavelmente incluiria tarifas sobre produtos estrangeiros e incentivos para que as empresas americanas tragam a manufatura de volta aos EUA,” disse Nigel Green.
Políticas comerciais agressivas poderiam proteger os fabricantes domésticos da concorrência estrangeira, “permitindo-lhes aumentar sua participação no mercado e rentabilidade”, combinadas com “incentivos para que as empresas repatriem empregos de manufatura poderiam impulsionar o emprego e a produção dentro dos EUA”, impactando positivamente o setor manufatureiro. “A extensão dos cortes de impostos corporativos beneficiaria diretamente os fabricantes ao reduzir suas responsabilidades fiscais e aumentar o capital disponível para investimento e expansão.”
Green concluiu que os investidores já estão se posicionando para capitalizar nas mudanças políticas esperadas à medida que os mercados começam a precificar uma vitória de Trump. “Mover-se cedo agora e trabalhar com um consultor experiente provavelmente melhor posicionará os investidores para mitigar riscos e aproveitar as inevitáveis oportunidades que serão apresentadas na corrida para a Casa Branca.”
