**Paridade de género no trabalho avança a passo lento, revela Índice de Mulheres no Trabalho da PwC**
No contexto do Dia Internacional da Mulher de 2024, a PwC divulgou dois estudos que apontam para um progresso global lento na conquista da paridade de género no local de trabalho. O Índice de Mulheres no Trabalho (WiW Index), agora na sua 12ª edição, e o estudo Inclusion Matters destacam a persistência da disparidade salarial entre homens e mulheres e a importância da inclusão para acelerar a igualdade.
O WiW Index, que avalia o progresso em direção à igualdade de género nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), sugere que serão necessários mais de 50 anos para fechar o hiato salarial médio entre géneros. Este índice baseia-se em cinco indicadores: disparidade salarial entre homens e mulheres, taxa de participação feminina na força de trabalho, diferença entre as taxas de participação laboral de homens e mulheres, taxa de desemprego feminino e taxa de emprego a tempo inteiro entre mulheres.
Apesar de uma melhoria média do índice de 56.3 em 2011 para 68 em 2022, a análise deste ano mostra que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a paridade de género em todos os indicadores. Entre 2021 e 2022, houve um aumento na taxa de participação feminina na força de trabalho e uma redução na taxa de desemprego feminino. No entanto, a disparidade salarial média alargou-se, evidenciando que, apesar de uma maior participação, as mulheres continuam em posição desvantajosa em termos de retorno no mercado de trabalho.
Luxemburgo lidera o índice, seguido por Islândia e Eslovénia, destacando-se pelo menor hiato salarial da OCDE, que é negativo (-0.2%), indicando que as mulheres ganham, em média, mais do que os homens.
O estudo Inclusion Matters reforça que a inclusão é fundamental para impulsionar o desenvolvimento e avanço das mulheres no trabalho. A pesquisa revela que apenas 39% das mulheres sentem que são financeiramente recompensadas de forma justa pelo seu trabalho. Além disso, mulheres com pontuações mais altas no indicador de inclusão são mais propensas a pedir aumentos e promoções e menos inclinadas a mudar de empregador.
A PwC destaca que um ambiente de trabalho onde as mulheres se sentem pertencentes, incluídas nas tomadas de decisão e tratadas de forma justa e equitativa é essencial para o seu sucesso profissional. A inclusão está também positivamente correlacionada com o desenvolvimento autónomo, sendo que mulheres que sentem maiores níveis de inclusão são mais ativas na busca por oportunidades para aprender e desenvolver novas competências.