Num estudo recentemente divulgado na terça-feira, o Instituto de Seguros para a Segurança nas Estradas dos EUA (IIHS) atribuiu classificações “fracas” ao piloto automático e à tecnologia de Condução Totalmente Autónoma da Tesla, bem como a outros nove sistemas de condução assistida comercializados por grandes fabricantes automóveis. O IIHS, um braço de pesquisa de segurança da indústria de seguros, afirmou também que não há evidências de benefícios para a segurança no mundo real destes sistemas, com base em dados de acidentes.
David Harkey, presidente do IIHS, revelou à Reuters que, ao analisar dados de sinistros de seguros, foi possível comparar veículos com e sem estes sistemas avançados e determinar que não houve redução nos sinistros como resultado da implementação dos mesmos. Em contraste, há provas de que os sistemas de travagem automática de emergência reduzem as colisões traseiras em 50% e os incidentes de um veículo atingir um pedestre em 30%.
Por outro lado, a Tesla e o seu CEO, Elon Musk, defenderam que um veículo Tesla com o piloto automático ativado é cerca de 10 vezes mais seguro do que a média dos EUA e cinco vezes mais seguro do que um Tesla sem a tecnologia ativada. No entanto, reguladores federais estão a investigar quase 1000 acidentes nos quais o piloto automático da Tesla estava em uso. Um caso civil previsto para ir a julgamento na próxima semana na Califórnia será o mais recente teste da estratégia da Tesla de atribuir a culpa dos acidentes aos condutores que ignoram os avisos da fabricante para prestar atenção à estrada quando o piloto automático ou a tecnologia de Condução Totalmente Autónoma estão ativados.
Os sistemas de condução assistida continuam a ser uma área de intenso escrutínio e debate sobre os seus benefícios para a segurança e eficácia operacional. Este estudo sublinha a necessidade de uma avaliação contínua e rigorosa das tecnologias emergentes no setor automóvel.
