UBS: riscos e desafios pós-aquisição emergencial

15-03-2024

    **Fusão de Bancos na Suíça Levanta Questões de Riscos e Desafios, Segundo a OCDE**

    A aquisição de emergência do Credit Suisse pelo UBS, realizada há um ano, trouxe à tona novos “riscos e desafios” para a economia suíça, conforme apontado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na última quinta-feira. Este cenário tem sido motivo de preocupação em diversos fóruns internacionais devido à relevância da operação.

    Embora a fusão de bancos tenha sido essencial para preservar a estabilidade financeira do país, evitando o colapso do Credit Suisse, ela também intensificou o domínio do UBS no mercado interno e ressaltou a necessidade de um reforço na regulação financeira. A OCDE, em sua análise econômica da Suíça, destacou que o UBS, já considerado um banco de importância sistêmica global antes da fusão, agora enfrenta exigências regulatórias ainda mais rigorosas.

    O Conselho de Estabilidade Financeira, que reúne banqueiros centrais e reguladores dos 20 maiores economias do mundo, já havia expressado preocupação com os riscos que uma eventual falha do UBS poderia representar para a Suíça, recomendando que Berna fortalecesse o controle sobre os bancos.

    A fusão resultou em um grupo cujos ativos superam o produto econômico do país. O governo suíço planeja propor nos próximos meses medidas para endurecer as regulamentações que envolvem grandes bancos, incluindo o aumento dos poderes do supervisor primário, FINMA.

    Além disso, a OCDE levantou questões sobre a concorrência no mercado, com o banco combinado detendo cerca de 25% dos depósitos e empréstimos domésticos. A Comissão de Concorrência da Suíça apoia uma investigação mais aprofundada sobre a dominância do UBS em certos segmentos do mercado.

    Sergio Ermotti, CEO do UBS, defendeu a fusão, argumentando que o banco está mais forte e diversificado após a aquisição. No entanto, a OCDE também chamou atenção para possíveis litígios custosos e resultados incertos relacionados à compensação dos investidores pelos 16 bilhões de francos suíços em títulos AT1 do Credit Suisse que foram anulados.

    O governo suíço reconheceu a análise da OCDE e as recomendações apresentadas no relatório. A organização prevê que a economia suíça crescerá 0,9% em 2024 e 1,4% em 2025, abaixo da média de crescimento de longo prazo do país.

    Apesar dos desafios econômicos e das perdas significativas de empregos decorrentes da fusão bancária, espera-se que o robusto mercado de trabalho suíço consiga absorver o impacto. O mercado imobiliário suíço, notoriamente caro, demonstrou sinais de arrefecimento, mas ainda apresenta vulnerabilidades com propriedades supervalorizadas em até 40%.

    fusão de bancos

    Qual é o impacto da fusão de bancos entre o UBS e o Credit Suisse na economia suíça, segundo o relatório da OCDE?

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