Turgay Avci, presidente da autoridade de acreditação do ensino superior do norte de Chipre (Yodak), apresentou a sua demissão na passada sexta-feira. Avci fez questão de entregar pessoalmente a sua demissão ao líder cipriota turco, Ersin Tatar, com o intuito de não prejudicar a Yodak. A demissão surge no seguimento de um escândalo que abalou o setor do ensino superior do norte de Chipre, envolvendo a alegada falsificação de diplomas e acusações de suborno.
Ersin Tatar havia solicitado a demissão de Avci na quarta-feira anterior, numa altura em que as acusações se transformaram em processos criminais contra várias figuras proeminentes da região, incluindo o próprio Avci. Ele e o antigo membro do conselho da Yodak, Mehmet Hasguler, foram detidos sob a acusação de receberem pagamentos ilícitos durante o processo de acreditação da faculdade de medicina da Universidade de Ciências da Saúde e Sociais de Chipre (KSTU). Ambos foram libertados sob fiança na terça-feira.
Apesar das acusações, Tatar reconheceu a presunção de inocência de Avci durante o processo judicial em curso. Na semana passada, Tatar havia instruído o supremo tribunal do norte de Chipre a destituir Avci. O tribunal anunciou na segunda-feira o início da avaliação do pedido de Tatar, com o juiz sénior Gokhan Asafogullari encarregado de investigar a conduta de Avci. No entanto, com a demissão agora apresentada, é provável que a investigação seja suspensa.
Hasan Amca, vice-presidente da Yodak, assumiu temporariamente a liderança da autoridade enquanto decorrem os procedimentos criminais contra Avci. Com a saída definitiva de Avci, Amca surge como um possível sucessor permanente para o cargo.
Este caso continua a ser acompanhado atentamente, refletindo a importância da integridade no sistema de acreditação do ensino superior e as expectativas de transparência e ética que recaem sobre as autoridades educacionais.