A autoridade antitruste da Índia ordenou uma investigação sobre a Google, pertencente à Alphabet Inc., devido a uma disputa com startups locais sobre o sistema de faturação na aplicação da gigante tecnológica. Segundo as startups indianas, a Google tem implementado suas políticas de forma discriminatória, especialmente no que diz respeito às taxas cobradas por pagamentos dentro das aplicações.
As startups da Índia têm estado em conflito com a Google há meses, desafiando a taxa que a empresa cobra por pagamentos in-app. A situação agravou-se quando a Google retirou mais de 100 aplicações indianas da sua loja de apps por violações relacionadas à faturação. No entanto, após intervenção do governo indiano, as aplicações foram restabelecidas.
A Comissão de Concorrência da Índia (CCI) atendeu ao pedido das startups para investigar a questão e instruiu sua unidade de investigação a concluir o inquérito dentro de 60 dias. A CCI já havia passado meses examinando queixas das startups, que acusam a Google de não seguir uma diretiva antitruste anterior que impedia a empresa de tomar medidas adversas contra companhias que utilizassem sistemas alternativos de faturação.
A disputa centraliza-se nos esforços de algumas startups indianas para impedir que a Google imponha uma taxa de 11% a 26% sobre os pagamentos in-app, após as autoridades antitruste do país ordenarem em 2022 que a empresa desmantelasse um sistema que cobrava de 15% a 30%.
A Google nega qualquer ato ilícito e afirma que as taxas são cobradas para apoiar investimentos na loja de aplicações Google Play e no sistema operacional Android, garantindo sua distribuição gratuita. Até o momento, a Google não respondeu ao pedido de comentário feito pela Reuters.
Esta investigação antitruste é um desenvolvimento significativo na contínua tensão entre as startups indianas e uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, destacando o crescente escrutínio sobre as práticas de faturação na aplicação e o poder de mercado das plataformas digitais.