A Índia anunciou na sexta-feira uma medida que promete agitar o mercado automobilístico do país: a redução dos impostos de importação para veículos eléctricos. A condição é que os fabricantes de automóveis se comprometam a investir pelo menos 500 milhões de dólares e iniciar o fabrico nacional dentro de três anos.
Esta política visa incentivar a competição no setor automóvel indiano, que é o terceiro maior mercado de carros do mundo. Fabricantes como a Tesla e a VinFast poderão beneficiar-se desta abertura, num momento em que o crescimento global de veículos eléctricos mostra sinais de desaceleração. Atualmente, os veículos eléctricos representam cerca de 2% das vendas totais de automóveis na Índia, mas o governo tem planos ambiciosos para aumentar essa percentagem para 30% até 2030.
Entre os planos anunciados pelos fabricantes indianos, destaca-se a Tata Motors, líder do mercado de veículos eléctricos na Índia, com mais de 80% de participação. A empresa planeia adicionar 10 modelos eléctricos ao seu portfólio nos próximos 3 a 4 anos, com a expectativa de que os veículos eléctricos representem 25% das suas vendas totais de carros até 2025.
A Mahindra and Mahindra, por sua vez, espera que os modelos eléctricos representem entre 20% e 30% das vendas dos seus SUVs até março de 2027. A Hyundai Motor India planeia introduzir cinco modelos de veículos eléctricos até 2032, enquanto a Maruti Suzuki India tem como objetivo lançar seis modelos eléctricos até 2030.
O conglomerado JSW Group, novo participante na categoria de veículos eléctricos, anunciou um investimento de cerca de 400 bilhões de rupias indianas em projetos de fabrico de veículos eléctricos e baterias no estado oriental de Odisha.
Estas iniciativas refletem um esforço coletivo para impulsionar o fabrico nacional e a adoção de veículos eléctricos na Índia, alinhando-se com as metas globais de sustentabilidade e redução das emissões de carbono.