Presidente Biden e a Política Fiscal: Entre Reduções e Aumentos
Em meio ao fervor da campanha para a reeleição, o Presidente Biden tem reforçado sua mensagem populista, prometendo aumentos de impostos sobre os mais ricos e as corporações, com o objetivo de fazer com que paguem a sua “justa parte”. Enquanto isso, os republicanos acusam Biden de ter “uma sede insaciável por taxar o povo americano”. O ex-Presidente Donald J. Trump, seu oponente republicano, chegou a declarar que Biden “vai impor o maior, mais feio aumento de impostos na história do nosso país”.
Contrariando essas afirmações, a realidade dos primeiros três anos de mandato de Biden revela um cenário diferente. Uma análise realizada pelo Urban-Brookings Tax Policy Center, um think tank de Washington especializado em questões fiscais, demonstrou que as reduções de impostos assinadas por Biden para indivíduos e corporações superam os aumentos impostos às grandes corporações e seus acionistas.
Os números são claros: as mudanças fiscais promovidas por Biden resultarão em um corte líquido de cerca de 600 bilhões de dólares ao longo de quatro anos, e um pouco mais ao longo de uma década. Benjamin R. Page, um pesquisador sênior do centro e autor da análise, afirmou que é razoável concluir, com base nesses números, que a política fiscal de Biden não tem sido um programa radical de aumento de impostos.
Essa perspectiva oferece uma visão mais matizada da política fiscal da administração atual, destacando a complexidade das reduções fiscais e aumentos fiscais. Enquanto o debate político tende a polarizar as opiniões, a análise sugere que as medidas adotadas até agora por Biden têm favorecido uma abordagem mais equilibrada do que as retóricas extremas podem sugerir.