Debate sobre a Reforma Fiscal em Kansas
Numa recente discussão no Comité do Senado sobre Avaliação e Tributação, o projeto de lei 546 propõe uma redução dos impostos sobre o rendimento das sociedades para 5,75% e o fim de dois subsídios às empresas, nomeadamente o Promoting Employment Across Kansas (PEAK) e o High-Performance Incentive Program (H-PIP). Estas mudanças visam estimular o desenvolvimento económico no estado de Kansas.
O PEAK permite que as empresas retenham ou sejam reembolsadas em 95% do imposto de retenção na fonte sobre os salários dos empregados qualificados, por novos empregos criados. Já o H-PIP oferece um crédito fiscal de 10% para investimentos de capital superiores a $50,000 nas instalações das empresas, com um limite mais elevado nos cinco condados metropolitanos.
Atualmente, a taxa corporativa do estado é de 6,5%, a 21ª mais alta na nação, segundo a Tax Foundation. Com a nova legislação, esta taxa seria reduzida para 6% em 2025 e 5,75% em 2026.
Dave Trabert, CEO do Kansas Policy Institute, defendeu o projeto de lei, citando pesquisas que mostram que os subsídios fiscais não são eficazes para a economia ou para os contribuintes. Ele mencionou um estudo de Nathan Jensen que concluiu que os beneficiários do PEAK não eram mais propensos a criar empregos do que aqueles sem o subsídio.
Jonathan Leuth da Americans for Prosperity – Kansas (AFP-KS) também apoiou a proposta, argumentando que a reforma tributária é essencial para manter o estado competitivo. No entanto, Tim Henry da Great Plains Manufacturing expressou sua oposição ao projeto de lei, destacando que as mudanças prejudicariam os investimentos já planejados pela sua empresa.
Sam Sackett da Sprint AeroSystems e Mitch Robinson da Kansas Economic Development Alliance apresentaram perspectivas mais equilibradas, reconhecendo os méritos tanto da redução da taxa corporativa quanto da preservação dos programas de incentivo.
A presidente do comité, Caryn Tyson, e a senadora Molly Baumgardner destacaram a necessidade de uma abordagem fiscal que beneficie todos os Kansans, em vez de favorecer apenas determinadas áreas. A discussão realçou a complexidade das políticas fiscais e a busca por um equilíbrio entre incentivos diretos e um ambiente de negócios favorável através de uma tributação corporativa competitiva.