Eleições influenciam panorama fiscal mundial e finanças empresariais

28-03-2024

    O Impacto das Eleições no Panorama Fiscal Mundial

    Estamos numa época de mudanças significativas, com eleições cruciais a decorrer este ano tanto no Reino Unido – onde uma eleição para primeiro-ministro pode ser convocada a qualquer momento até 17 de dezembro – como nos EUA – que está num ano de eleições presidenciais. Aprendemos na última década que estes tipos de eleições podem ter grandes ramificações no panorama fiscal mundial. Isto significa que as corporações – e mais especificamente as políticas fiscais que as afetam – estão garantidamente sob os holofotes.

    Levanta-se a questão: Como podem os departamentos de finanças das empresas e fiscais preparar-se para a tempestade iminente de potenciais impactos económicos e reputacionais?

    Os Fantasmas da Reforma Fiscal Passada

    Quando o Reino Unido votou para sair da União Europeia há oito anos – o famoso Brexit – criou-se uma mudança maciça na política fiscal global. Apesar de as previsões apocalípticas de que o Brexit desencadearia uma recessão comparável à crise do mercado de ações de 2008 não se terem concretizado, houve consequências profundas e duradouras.

    Muitas grandes empresas financeiras multinacionais fizeram e executaram planos de contingência para mover pessoal, ativos do balanço e, em alguns casos, sedes inteiras de Londres para outros centros da UE como Frankfurt, Bruxelas e Paris. Essa transferência dos lucros das corporações para outros países resultou numa queda significativa das receitas fiscais para o Reino Unido.

    Além disso, surgiram complicações devido à alteração no Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), um imposto baseado no consumo que é aplicado em cada ponto da produção e venda de bens e serviços. Com a saída do Reino Unido da UE, foi necessário reconfigurar o seu sistema de IVA para acomodar os novos direitos aduaneiros e tarifas que agora existiriam em todos os bens importados ou exportados para outras partes da Zona Euro, resultando em custos mais altos de importações e exportações.

    A História Fiscal Americana

    Enquanto o Brexit é sem dúvida um dos exemplos mais significativos de uma eleição a perturbar a estrutura fiscal corporativa, um olhar para os EUA mostra que há mais do que uma maneira de criar uma grande vulnerabilidade para as corporações.

    Quando o Presidente Donald Trump implementou a Tax Cuts and Jobs Act (TCJA), representou uma das maiores reformas do código fiscal dos EUA em décadas. Depois, com a eleição do Presidente Joe Biden, houve uma mudança rápida na paisagem fiscal novamente. A Inflation Reduction Act (IRA) de 2022 reverteu muitas das disposições corporativas chave da TCJA.

    O Vasto Desconhecido

    Todas as indicações apontam para a segunda metade de 2024 como um período em que poderemos ver uma nova rodada de volatilidade focada nos impostos, deixando os decisores corporativos numa encruzilhada. Mesmo enquanto os profissionais financeiros corporativos tentam prever o que cada candidato político poderá fazer se forem eleitos, o ano que se avizinha certamente trará surpresas que nenhum previsor anteviu. As empresas terão que garantir que os seus principais stakeholders estão a preparar os seus departamentos para serem ágeis e terem uma infraestrutura em vigor para tomar decisões em tempo real com base em dados quantificáveis e abrangentes, mesmo quando a incerteza é parte central da equação.

    Impacto das eleições

    Qual é o impacto das eleições no cenário fiscal global?

    As eleições podem redefinir políticas fiscais, influenciando a tributação, gastos públicos e endividamento, o que afeta a confiança dos investidores e a estabilidade econômica global.

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